Eleições 2022: Damião diz que não sai do PDT mesmo sem federação

Em 2018, o deputado federal Damião Feliciano (PDT) se elegeu com 100.876 votos. Estava na coligação PSB / PTB / PRB / PT / DEM / PDT / PC do B / Podemos.

Com fim das coligações e com a legenda indo para disputa de outubro sozinho, sem federar, estima-se que para conseguir uma vaga de parlamentar federal o partido terá que ter no mínimo 160 mil votos. Uma conta também feita por outros políticos e legendas.

O número, que já fez muita gente correr do voo partidário solo, não é fácil de alcançar. Ao Conversa Política, Damião disse que vai para o risco, com toda confiança de que não ficará no caminho.

Afirmou que fica no PDT e que o partido não vai fazer federação com nenhuma legenda. Trabalha para a formação de um grupo "puro sangue" que garanta o número de "ouro". A preço de hoje, essa é a decisão.

Plano B

O médico 'do coração' diz que não tem plano B. Mas, para o meio político, já tem uma estratégia sobressalente: ir para ou estar ao lado do PT.

A matemática é: filiado ao PT ou numa federação - o que não parece nem um pouco provável por causa da pré-candidatura de Ciro Gomes - ele se juntaria com petistas que poderiam vitaminar as chances de entrar, como Luiz Couto e Frei Anastácio. A soma dos votos elegeria pelo menos 2. Uma tese, claro.

Damião, no entanto, deixou claro que não fará o movimento. E admitiu que o cenário está muito confuso. A aposta, de agora, é atrair filiados "com votos" para o PDT. Talvez espere menos nebulosidade para mudar de ideia.

Verdade

No caso de escolher o PT, verdade seja dita: em votações no Congresso, Damião, na maioria das vezes, sempre votou alinhado com petistas. Vale lembrar que recentemente ele e a mulher, a vice-governadora Lígia Feliciano, visitaram o ex-presidente Lula. Talvez, já preparando o terreno.

Detalhe

Todos os "donos" de partidos que não conseguiram se fortalecer com bons puxadores de voto, vão torcer por uma boa federação ou mudar de partido para sobreviver politicamente.