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CONVERSA POLÍTICA

Delegação brasileira que Cícero está contesta nota do Itamaraty sobre viagem a Israel

Ministério afirmou não ter sido informado sobre a viagem e apontou que ela ocorreu em desacordo com recomendações consulares de 2023.

Publicado em 17/06/2025 às 11:57 | Atualizado em 17/06/2025 às 13:05


				
					Delegação brasileira que Cícero está contesta nota do Itamaraty sobre viagem a Israel
(Foto: Reprodução / Redes Sociais)

A delegação brasileira formada por prefeitos, vice-prefeitos e outras autoridades públicas que estão em missão oficial a Israel divulgou uma nota nesta segunda-feira (17) em que repudia o conteúdo e o tom da manifestação divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) sobre a viagem.

O texto foi compartilhado pelo prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), em suas redes sociais. Ele lidera um grupo que deixou Israel em um voo particular em meio ao conflito entre Israel e Irã.

A nota da delegação questiona uma Nota à Imprensa, divulgada ontem (16), o que afirmou que a viagem ocorreu em desacordo com recomendações consulares de 2023 que desaconselha toda viagem não essencial àquele país.

Apesar da orientação oficial, duas comitivas de autoridades brasileiras viajaram a Israel neste mês de junho, a convite do governo local, em missão oficial.

Grupo diz que Itamaraty tinha conhecimento da viagem

Segundo os integrantes da comitiva, a viagem foi de amplo conhecimento do Brasil, já que a representação diplomática brasileira em Tel Aviv confirmou, em reunião online realizada no sábado (14), que foi avisada com antecedência sobre a visita — especialmente no que diz respeito à segunda comitiva de prefeitos e a um governador, cujas informações teriam sido repassadas pelo consórcio de municípios responsável pela organização.

“Se a representação diplomática foi previamente avisada, como reconheceram seus próprios representantes, questionamos a ausência de qualquer advertência formal ou impedimento à realização da missão”, diz o texto.

O grupo também estranhou o fato de que a missão contou com o apoio direto do governo de Israel, sem que, segundo o Itamaraty, a diplomacia brasileira tivesse conhecimento da visita.

“Mais grave ainda é que, em meio a um cenário de guerra, quando autoridades brasileiras — eleitas e em pleno exercício de suas funções — se encontram sob risco e buscam o apoio de seu país, recebam como resposta um comunicado que mais se assemelha a uma reprimenda do que a uma manifestação de solidariedade e proteção”, afirma a nota.

Os membros da delegação reiteram que a missão foi institucional, conduzida com boa-fé e de acordo com “normas republicanas”, com agenda oficial e objetivos públicos. E concluem pedindo responsabilidade e compromisso com a verdade: “O momento exige responsabilidade, unidade nacional e compromisso com a verdade”.

A viagem da comitiva brasileira ocorre em um momento de alta tensão no Oriente Médio, com o agravamento do conflito entre Israel e o Hamas. A missão inclui visitas técnicas e institucionais, com o objetivo, segundo os organizadores, de promover intercâmbio de experiências em áreas como inovação, segurança pública e gestão urbana.

Veja a nota completa:

Delegação Brasileira em Missão Oficial a Israel

Nós, prefeitos, vice-prefeitos e demais autoridades públicas que integram a delegação brasileira em missão oficial a Israel, vimos a público manifestar nosso profundo desacordo e surpresa com a NOTA À IMPRENSA Nº 269 do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty). A referida nota afirma que o governo brasileiro não tinha conhecimento da missão e que esta teria ocorrido em desacordo com recomendações consulares emitidas em 2023.

Tal declaração contradiz frontalmente o que foi afirmado à própria delegação em reunião online com a representação diplomática brasileira em Tel Aviv, realizada no último sábado, 14 de junho. Nessa ocasião, os diplomatas confirmaram ter sido devidamente informados, com antecedência, sobre a missão, particularmente no que diz respeito à segunda comitiva de prefeitos e a um governador, informação esta repassada pelo consórcio de municípios organizador da viagem. Se a representação diplomática foi previamente avisada, como reconheceram seus próprios representantes, questionamos a ausência de qualquer advertência formal ou impedimento à realização da missão.

Causa-nos ainda maior estranhamento o fato de que um país com o qual o Brasil mantém relações diplomáticas convide oficialmente autoridades públicas brasileiras — por meio de uma agenda organizada com o apoio direto do governo de Israel — sem que o Itamaraty e a nossa representação diplomática naquele país tivessem conhecimento do fato. Mais grave ainda é que, em meio a um cenário de guerra, quando autoridades brasileiras — eleitas e em pleno exercício de suas funções — se encontram sob risco e buscam o apoio de seu país, recebam como resposta um comunicado que mais se assemelha a uma reprimenda do que a uma manifestação de solidariedade e proteção.

Reiteramos que nossa missão se deu com propósito institucional e de boa-fé, conforme as normas republicanas, com agenda oficial e objetivos públicos. O momento exige responsabilidade, unidade nacional e compromisso com a verdade.

Ao mesmo tempo em que manifestamos nosso repúdio ao teor e ao momento da nota emitida pelo Itamaraty, reconhecemos e agradecemos o valioso apoio que nos tem sido prestado pelas equipes diplomáticas brasileiras e dos governos locais em Tel Aviv, na Jordânia e na Arábia Saudita, cuja atuação humanitária tem sido essencial para garantir, com segurança, a remoção da delegação da zona de conflito, ainda em curso.

Tabouk, Arábia Saudita, 17/06/2025

Delegação Brasileira em Missão Oficial a Israel

Imagem ilustrativa da imagem Delegação brasileira que Cícero está contesta nota do Itamaraty sobre viagem a Israel

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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