CONVERSA POLÍTICA
Deputada da Paraíba defende eletrochoque nos casos como o de Lázaro Barbosa
Publicado em 29/06/2021 às 10:03 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:07
Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA
A deputada e médica Dr.ª Paula (Progressistas) criticou a ação da polícia de Goiás, que resultou na morte de Lázaro Barbosa. Para ela, o ideal é que ele tivesse sido resgatado e preso com vida para ser submetido a tratamento psiquiátrico com a polêmica técnica de eletrochoque.
Ela está acompanhando o marido, o prefeito de Cajazeiras, José Aldemir, que está internado em um hospital particular em São Paulo para tratamento de complicações pela Covid-19, e demonstrou angústia com o desfecho da busca por Lázaro Barbosa.
"Estou triste por essa questão de Lázaro. O ideal seria que ele tivesse resgatado e preso com vida. Sabemos que para pacientes esquizofrênicos, psicóticos, hoje já tem tratamento que consegue, sim, tirar toda essa ansiedade e angústia dessas pessoas portadoras dessas patologia", defendeu.
Dr.ª Paula também questionou como ele foi morto e não simplesmente capturado. "Infelizmente ninguém sabe explicar como isso aconteceu. O que se pode fazer é rezar por esse jovem tao perturbado, quando hoje sabemos que tem tratamento de eletrochoque terapia", reiterou.
O tratamento tem o uso controverso dentro da comunidade médica, particularmente por causa do mecanismo de ação ainda desconhecido e da incerteza sobre os efeitos colaterais cognitivos. Há, no entanto, os que defendem que ele não “queima neurônio” e, na verdade, pode prevenir alterações no funcionamento e estrutura do cérebro sabidamente causadas pelo curso crônico da depressão. Dentre os defensores, sabemos, está a paraibana Dr.ª Paula.
A parlamentar, inclusive, disse que já apresentou requerimento na Assembleia Legislativa da Paraíba para que o governo pudesse 'patrocinar' o pagamento para pacientes sem condições financeiras. Segundo Dr.ª Paula, "infelizmente o tratamento é caro, que não tem acesso a pessoas pobres portadoras dessa patologia pelo SUS".
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