CONVERSA POLÍTICA
Entrevista CBN Paraíba: Nilvan quer câmeras para monitorar estradas numa espécie de "Manzuá moderna"
Nilvan defendeu ainda que os guardas municipais estajam armados para fazer parcerias com o efetivo policial. Segundo ele, "as prefeituras precisam ajudar nisso", destacou.
Publicado em 21/09/2022 às 12:21
O candidato ao governo da Paraíba, do PL, Nilvan Ferreira afirmou que quer adotar um sistema de câmeras nas estradas da Paraíba e nas divisas com outros estados para implantar uma espécie de "Manzuá moderna". Segundo ele, não é com o modelo antigo, de policiais e viaturas nas rodovias, mas com uso de tecnologia para identificar criminosos e veículos de bandidos que estejam circulando livremente.
Ainda na área da segurança, Nilvan criticou a falta de efetivo das Forças de Segurança na Paraíba e o que chamou de "fechamento de delegacias". Prometeu, se eleito, ampliar efetivo e implantar, integralmente, a bolsa desempenho. "A partir de janeiro, a segurança é prioridade".
Nilvan defendeu ainda que os guardas municipais estajam armados para fazer parcerias com o efetivo policial. Segundo ele, "as prefeituras precisam ajudar nisso", destacou.
LGBTQIA+
Nilvan afirmou que defende o fortalecimento de políticas para proteger a população LGBTQIA+ , mas minimizou a necessidade de uma olhar especial para o grupo porque acredita que é preciso "olhar' a população como um todo. "Meu partido não é contra a população LGBTQIA+ . Eu não sou. Bolsonaro nunca foi contra. A gente só não usa não usa as fragmentações da sociedade para fazer política".
Na reposta, Nilvan não considerou a necessidade de pensar políticas específicas paras as populações que são marginalizadas na sociedade. Entre elas, a população negra. Para isso, usou o próprio exemplo, afirmando que não precisou de uma "olhar especial" para vencer na vida.
Influência de Bolsonaro
O candidato do PL afirmou que que não acredita nas pesquisas eleitorias. Segundo ele, a pesquisa que vale é a do povo, o "datapovo". Para Nilvan, a popularidade de Bolsonaro pode ser vista nas ruas. Ele acredita que a vinculação do nome dele ao de Bolsonaro é benéfica para ele porque o presidente, segundo ele, vai ganhar a eleição. "Eu voto em Bolsonaro mesmo antes dele declarar voto para mim" [...] Nós temos uma candidatura que representa a espectativa de mudança", declarou.
Ele afirmou que, se passar para o segundo turno, vai procurar o candidato do PSDB, Pedro Cunha Lima, e o pai dele, o ex-governador, Cássio Cunha Lima. "Passando para o segundo turno, vou fazer um mapeamento. A primeira coisa a fazer é ir em busca do PSDB, buscar o apoio de Romero, de Bruno, de Cássio".
Para ele, o eleitorado bolsonarista não se identifica com Pedro, mesmo com a tentativa do candidato do PSDB de fazer essa ligação.
Para Nilvan, o eleitorado de direita, conservador, já criou uma identificação com a candidatura dele. "Já há liga, ligação". Admitiu, no entanto, que há um certo conflito no Senado, mas está na órbita de cuidar na missão de ser o candidato ao governo, construindo cenários necessários para consolidar. Não acredita que o eleitor que desistir de Bruno vai desisitir de Nilvan.
Agricultura
"Eu trago a questão do agro como algo fundamental", assim começou a resposta sobre os projetos para a agricultura familiar. Acredita que é preciso fazer uma remodelação, com uso das águas do São Francisco de maneira clara. "Agora, temos água no Sertão, no Cariri", destacou.
Segundo ele, tem um program específico para isso. O dinheiro do programa Empreender Paraíba será usado para financiar a agricultura familiar e solidária, com assistencia técnica da Empaer.
Comprometeu-se ainda baixar o ICMS dos equipamentos de irrigação e transformar o Cariri e Sertão numa "nova Petrolina". Disse ainda que quer voltar com o Programa do Leite (distribuição de leite de cabra) e melhorar as infraestruturas dos parques de exposições.
Ao responder perguntas sobre a preservação das áreas de proteção ambiental, como parques, afirmou que é preciso ter cuidado maior com os rios, por causa do despejo dos egostos das cidades. Lembrou que a água da Transposição já está sendo contaminada, em Monteiro.
Registrou que quer usar o Marco do Saneamento com balizador para tomar decisões, no que se refere a área. Por fim, disse que é preciso introduzir a Paraíba no debate sobre o obtenção dos créditos de carbono, evitando uso de madeiras de devastação, mas incentivando o uso do mateiral de podas no semiárido.
Redução de impostos
Sobre o impacto da redução de impostos, Nilvan afirmou que imposto demais causa desconforto, e trava a economia, causando efeitos colaterais, como a sonegação. "A política de desoneração oxigena o setor produtivo", disse. Registrou também que, segundo estudos feitos pela equipe dele, a Paraíba pode reduzir em 5% o ICMS de forma linear e não haverá nenhum impacto na arrecadação do estado. "A cada 1% que eu diminuios de ICM eu vou gerar um aumento de 0,2% no PIB", afirmou. "O PIB não cresce porque o imposto é muito alto", completou.
Sáude
Sua principal proposta na área da saúde é construir o Hospital de Trauma do Sertão. Disse que vai conseguir recursos por meio de emendas parlamentares, orçamento próprio e com o Ministério da Saúde. "É preciso ter habilidade para construir, politicamente, e conseguir recursos", destacou.
Na lista de compromissos também estão o pagamento do piso da enfermagem e o melhoramento do Hospital do Bem, em Patos, que, segundo ele, não atende de maneira plena, com quimioterapia e radioterapia, evitando que o paciente vá para João Pessoa e Campina Grande, para os hospitais de referência fazer o tratamento.
Veja entrevista na íntegra, com outros pontos abordados:
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