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CONVERSA POLÍTICA

Opinião: ex-governadores recorrem por pensão que nunca deveria ter existido

Em vários estados, como aqui na Paraíba, elas foram criadas para que os ex-chefes de estado mantenham o padrão de vida de quando estavam no comando.

Publicado em 21/08/2023 às 9:09


                                        
                                            Opinião: ex-governadores recorrem por pensão que nunca deveria ter existido
Foto: Arquivo/TJPB

No Brasil, o poder e a influência, na maioria das vezes, servem e são usados, sem nenhum pudor, para elaborar regras que dão às autoridades constituídas mais poder e condições favoráveis de manter o status quo. 

É a famosa legislação em causa própria. Começou no Brasil colônia e a cultura se perpetua por séculos.

Leis que se mantém pela chamada tradição e se entranham como organismo natural no corpo inchado do estado brasileiro.

Outras que são criadas e se perpetuam também por uma suposta dependência coletiva dos beneficiados. Dependência que nasceu com a criação do privilégio.

É o caso das legislações brasileiras que presenteiam ex-governadores e viúvas com pensões gordas para o resto da vida.

Em vários estados, como aqui na Paraíba, elas foram criadas para que os ex-chefes de estado mantenham o padrão de vida de quando estavam no comando.

Um dos argumentos é o de que eles fizeram um "sacrifício" de um ano, três, quatro ou oito anos da para servir ao seu povo. Os governantes e as viúvas. Por isso, alegam que têm direito a viver às custas do estado pelo resto da vida.

No fim da semana passada, a guerra de entendimentos sobre o tema voltou à tona, na Justiça. Ressucitou.

Os ex-governadores da Paraíba Ricardo Coutinho (PT), Roberto Paulino e Cícero Lucena (PP), e as viúvas de ex-governadores, Fátima Bezerra (José Maranhão), Glauce Buriti (Tarcísio Burity), Myrian de Melo (Milton Cabral) e Mirtes Bichara (Ivan Bichara) recorreram.

Em conjunto, entraram com um pedido de liminar no STF para que os paraibanos voltem a pagar as pensões relativas ao período em que os políticos ficaram no comando do estado. O valor da pensão para o ex-gestor é o mesmo salário do governador atual, R$ 31,1 mil. E no caso das viúvas, 50%.

O pagamento da pensão está suspenso desde junho de 2020, após decisão do próprio STF.

Mas os advogados de defesa usam a boa retórica jurídica para ver se algum ministro do Supremo, em casuísmo costumeiro, muda de ideia, sensibiliza-se com a situação de dificuldade financeira ou fragilidade social pela condição de pessoa idosa. Esses são alguns dos argumentos.

A aposta é que Gilmar Mendes seja o salvador. Já foi, no caso de outro estado.

Eles todo direito de recorrer porque existia uma lei. Uma lei que nunca deveria ter existido nos termos atuais.  Com paraibanos pagando pensão a vida inteira para um ex-governante que passou 4 ou 8 anos no poder.  Em alguns casos, como Roberto Paulino, alguns meses. Não tem lógica na realidade. 
Dá até para defender uma pensão com tempo determinado para retomada da vida após os período no comando do estado. Mas a vida toda? Com valor total? Difícil entender. 
Imagem ilustrativa da imagem Opinião: ex-governadores recorrem por pensão que nunca deveria ter existido

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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