Opinião: Bolsonaro prepara a narrativa do terceiro turno e "Capitólio tupiniquim"

O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, já prepara narrativa do "3ºturno" e da "invasão do Capitólio" brasileiro, tupiniquim: o TSE. É o método Trump, ex-presidente do EUA, sendo colocado em prática.

Um discurso de perdedor antes do tempo. Pega mal porque ele pode ganhar, tem chances reais.

Mas já quer arrumar uma justificativa, caso seja derrotado. Quem sabe um motivo para levante bolsonarista contra as instituições do país, em nome de Deus, da Pátria e da Família.

Para dizer que foi prejudicado no Norte e Nordeste, resolveu questionar a quantidade de inserções da candidatura dele em rádios das regiões. Logo por aqui, onde ele vai mal.

São mais de 150 mil inserções a menos, segundo Bolsonaro e Fábio Farias, ministro das Comunicações. A culpa, de acordo com eles, é do TSE, que já afirmou não ser responsável pela fiscalização. Também avisou que sem provas, indícios e circunstâncias concretas não há motivos para abrir inquérito.

Bolsonaro vai recorrer ao STF.

É bom lembrar que é sua própria equipe de campanha, espalhada pelo país, a reponsável pela fiscalização do cumprimento da Lei Eleitoral.

A auditoria contratada para satisfazer o próprio interesse é questionada por donos de algumas rádios, que podem ser punidos se não cumpriram o que diz a lei.

O curioso é que foram necessários mais de 150 mil "sumiços" de inserções para darem conta do suposto problema. Só, agora, na reta final.

Denúncia fraca e ainda sem consistência. Mas para os fanáticos já serve de combustível para questionar um resultado desfavorável nas urnas.

Exemplo

Um exemplo do movimento golpista, que começa a ser estimulado, está nas publicações do deputado federal eleito, Cabo Gilberto. Veja: