Resultado da 2ª pesquisa Ipec empolga governistas e mantém tensão na disputa pela 2ª colocação

O resultado da 2ª pesquisa Ipec, divulgada, nesta quinta-feira (22), pelas Tvs Cabo Branco e Paraíba, trouxe ânimo e mais empolgação para os governistas. Alguns dizem que foi um alívio e tanto.

O governador João Azevêdo (PSB) aumentou três pontos percentuais, mesmo em meio ao bombardeio de opositores nos debates e entrevistas.

Pelo visto, o tempo de campanha, mostrando ações em execução e usando os números positivos do governo, nos últimos dias, tem surtido efeito para barrar o "sentimento de mudança".

>> Segunda pesquisa Ipec para governo da Paraíba: João tem 35%; Pedro, 20%; Veneziano, 15%; e Nilvan, 14%

Mas, mesmo com o momento bom, um segundo turno não é tão simples. Uma nova eleição, com tempos iguais em tudo.

O governo tenta cristalizar o discurso que não terá uma segunda etapa, mas os números não dizem isso. É só olhar para os votos válidos, 41%.

Para acabar já no dia 02 de outubro, João teria que chegar a 51%, o que não parece simples quando se tem três adversários acima dos 2 dígitos.

A pesquisa também trouxe um cenário bom para Pedro (PSDB). Aumentou quatro pontos percentuais (de 16% das intenções para 20%), acima da margem de erro, e conseguiu ampliar a distância do terceiro colocado, que agora é Veneziano Vital (MDB).

Entre as várias estratégias, Pedro tem tentado se aproximar do eleitor de Bolsonaro que não vota em Nilvan, tem focado no discurso da mudança e da renovação. Foi bem nessa etapa.

Veneziano avançou um ponto ( de 14% para 15%). Um crescimento ainda pequeno paras as pretensões e frustrante para quem deseja os votos dos eleitores lulistas do estado, que passam dos 55% da intenções.

O emedebista, cada vez mais crítico ao governo João Azevêdo, tenta atrair os eleitores de Lula, que, por enquanto, mantem-se com o candidato à reeleição. Não será simples, vai para o tudo ou nada, nessa reta final, com foco nos indecisos mais à esquerda.

Nilvan perdeu 1% e foi para a quarta colocação. Não é de todo ruim, porque está, tecnicamente, empatado com Pedro e Veneziano, quando se considera a variação da margem de erro, três pontos para mais ou para menos. Porém, não será fácil avançar.

É que além de começar a perder eleitores que votam na direita para Pedro, tem sofrido com a falta de estrutura de campanha. Foi o que menos recebeu recursos, R$ 1 milhão.

É o candidato que, visualmente, tem a menor estrutura. Às vezes, parece que está numa luta solitária, sendo porta-voz do bolsonarismo paraibano, que vive em pé de guerra, dentro da própria bolha.

Apesar de negar, o sentimento no meio político é o de que não tem o apoio financeiro e um grupo disposto a tudo para vê-lo no Palácio da Redenção. Continua tendo um desempenho excepcional na Região Metropolitana, mas não avança com a velocidade que necessita no interior.

Reta final

A reta final chega sem definições do adversário de João em um eventual segundo turno. A tendência, quando se analisa o desempenho de todos, inclusive nos cenários de uma segunda etapa, é que Pedro tem mais chances, mas nem todo mundo apostaria.

A ver, as ofensivas de Veneziano e Nilvan. Lá na frente, João vai evitar perder pontos e melhorar ainda mais o desempenho para cultivar com mais força a expectativa de vitória.

>>>Segundo turno na Paraíba: João venceria qualquer um dos adversários, diz Ipec; confira números

A pesquisa

A pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 21 de setembro de 2022. Foram entrevistados 800 votantes. A margem de erro máxima estimada é de 3 (três) pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. A pesquisa registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba sob o protocolo Nº PB01979/2022 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo Nº BR-03015/2022.