CONVERSA POLÍTICA
Quais as "entregas" que Aguinaldo e João farão para fortalecer aliança?
Publicado em 13/06/2022 às 15:22
Política é troca e soma. Da troca vem a soma. "Oferece-me algo que preciso e te dou o que precisas. Assim, seguiremos juntos".
O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) e o governador João Azevêdo (PSB), enfim, parece que acertaram os ponteiros desse processo.
Na quarta (15), disse que anunciará posicionamento político-eleitoral.
O que Aguinaldo prometeu entregar a João e o que o governador dará ao pré-candidato ao Senado, caso seja essa vaga que ele disputará?
Por cima, algumas "entregas" estão claras, por parte de Aguinaldo: o apoio "integral" dos prefeitos e, consequentemente, prefeituras de João Pessoa (Cícero Lucena), Bayeux (Luciene Gomes), Santa Rita (Emerson Panta), Cajazeiras (Zé Aldemir), Esperança (Nobinho).
Cidades com eleitorado significativo e com prefeitos que não estariam com João sem a intervenção "dos Ribeiro".
O efeito desse movimento já foi visto hoje, quando Dr. Paula (PP), deputada estadual, esposa de José Aldemir, prefeito de Cajazeiras, fez elogios rasgados ao governador.
Nesse contexto, tem ainda o apoio de uma senadora, Daniella Ribeiro (PSD), e pelo menos mais três partidos sob tutela do grupo.
As entregas de João
João, por outro lado, terá um pouco mais de trabalho para fazer sua entrega. Mas nada que a "caneta" e a força de governador na ativa não resolvam.
Aguinaldo já chegou a querer 100% do Republicanos, partido forte da base e que, há meses, quando Efraim Filho (UB) ainda estava com o grupo, decidiu que iria com o pré-candidato do União Brasil e não com Aguinaldo.
Mas, fora os que não dependem do governador e podem bancar a lealdade a Efraim, todos os outros serão "forçados" a rever os posicionamentos, seja por via direta do gestor, seja via prefeitos.
No fim de semana, Azevêdo e seu grupo deram um recado significativo ao reunir 92 prefeitos do Sertão ao seu redor. Segundo eles, não estavam todos e governistas garantem pelo menos 150.
João quer entregar parte do Republicanos (a parte que ela ainda consegue forçar uma mudança de planos). E vai trabalhar para que prefeitos, aqueles não tão leais a Efraim, votem em Aguinaldo. Desmontará a "coesão".
O pré-candidato ao Senado do Progressistas que não é nada amador, em campanha, também vai atuar em conjunto e lembrar das emendas que chegaram e que virão para prefeitos e seus municípios.
Esperam, assim, diminuir o impacto da estratégia de Efraim que, bem cedo, buscou fortalecer a pré-candidatura no jogo das trocas de bases eleitorais. Por isso, hoje, tem ainda força para contraofensivas.
Aguinaldo corria o risco de não conseguir reverter e, se de fato decidir na quarta, poderá entrar no jogo sem interrogações.
Basta saber se, ao eliminá-las, ele conseguirá reverter as perdas que a demora da decisão deixou no caminho.
É acompanhar os movimentos e sinais.
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