CONVERSA POLÍTICA
João mantém apoio a Lula mesmo com possibilidade de dois palanques na Paraíba
Publicado em 09/08/2021 às 10:45 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:04
Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA
O governador João Azevêdo (Cidadania) ainda não sabe quem o seu partido irá apoiar nas eleições presidenciais do próximo ano. Com plano de reeleição, a única certeza que ele tem é que não apoia de jeito nenhum o projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
Amparado pela liberação do seu partido na esfera nacional, pretende oferecer palanque ao ex-presidente Lula, mesmo com o provável retorno do ex-governador e seu ex-aliado político, Ricardo Coutinho (PSB), aos quadros do PT.
As articulações políticas do PT nacional, nesse cenário de retorno de Ricardo, acenam para a tese de que seja armado um palanque próprio dos petistas na Paraíba.
Há duas semanas reuniões da executiva nacional apontam para duas eventuais possibilidades de candidaturas ao governo, com chapa fechada com o PT: a do senador Veneziano (MDB), que inclusive é aliado de João Azevêdo, e a do ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV).
"Se ele (Lula) quiser tem o meu. Se ele vai ter que escolher ou não é um problema dele. Estou dizendo aqui que é possível que ele tenha o meu sem problema nenhum", afirmou ao ser questionado sobre a possibilidade de Lula vir a ter dois palanques no estado, em 2022.
Sem bolsonaristas
Em vários momentos, João Azevêdo reafirmou que, independentemente do Cidadania não apoiar Lula, esse é o caminho que deseja seguir, além da certeza de que não querer nenhum apoiador da reeleição de Bolsonaro no seu palanque em 2022.
"O Cidadania estava a princípio com uma proposta de lançar candidatura própria. Essa candidatura não vingou e é provável que o Cidadania avance para apoiar uma candidatura. Estive com o presidente do partido e pedi que o Cidadania da Paraíba tivesse sua independência porque logicamente não há a menor possibilidade de apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro", reiterou.
*Matéria atualizada com retirada de data de declaração do governador. A data estava errada.
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