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CONVERSA POLÍTICA

Jornalista Otinaldo Lourenço morre vítima da Covid-19

Publicado em 14/02/2021 às 9:18 | Atualizado em 30/08/2021 às 19:03

Por LAERTE CERQUEIRA


				
					Jornalista Otinaldo Lourenço morre vítima da Covid-19
Imagem/Reprodução/TV Cabo Branco.

O jornalista, radialista e advogado Otinaldo Lourenço de Arruda Melo, de 86 anos, foi mais uma vítima de complicações deixadas pela Covid-19. Ele estava internado no Hospital Memorial São Francisco desde o início de fevereiro. Após superar a doença, ficou internado por causa de problemas no pulmão e nos rins. O pernambucano de Surubim, de deixa esposa, Yone Lacet, dois filhos e dois netos.

Otinaldo nasceu em abril de 1934 e deixou seu nome marcado na história do rádio na PB, com a criação de programas de sucesso. Programas revolucionários, de acordo com contemporâneos. Quis o destino que ele morresse justamente no dia em que é comemorado o Dia Internacional do Rádio.

O jornalista também foi professor universitário e também fez uma carreira marcante na televisão. Na TV Cabo Branco, foi responsável por entrevistas memoráveis, com Ulysses Guimarães, Luís Carlos Prestes e Aureliano Chaves. A lembrança dessas entrevistas foi feita, por ele mesmo, em depoimento para dissertação de Mestrado em Jornalismo do jovem jornalista de política, Felipe Nunes.

Em um dos trechos, Otinaldo revelou a Felipe: "a entrevista que eu mais gostei foi com Aureliano Chaves, pois ele revelou-se um conhecedor dos problemas e apontando soluções que a gente sentia que ele era capaz de fazer, de realizar, pois não adianta você apontar soluções que você, como estudioso, como jornalista, muito atento às coisas que acontecem no Brasil, não tem condições de fazer. Mas o que ele disse teve muita coerência. Dentre os presidenciáveis, o que eu mais gostei de entrevistar foi ele, que se mostrou muito inteligente, muito perspicaz".

Entrevista no "Tempo de Trinta"

Otinaldo também destacou esses momentos em entrevista à ex-apresentadora Edilane Araújo, em um dos programas especiais de comemoração aos 30 anos da TV CABO BRANCO (clique na foto abaixo e reveja a entrevista).

Na conversa, também contou como entrou na TV. Segundo ele, foi um chamado de Aluízio Moura e Erialdo Pereira. O primeiro programa foi o Bom Dia Paraíba, no qual dividia a bancada com Nonato Guedes.

Guedes registrou que Otinaldo notabilizou-se por ser um Monarquista. Segundo ele, "chegou a discutir com o então senador Fernando Henrique Cardoso, nos microfones da TV Cabo Branco, a respeito do tema, quando ele esteve em João Pessoa para defender o Parlamentarismo (sem Monarquia) no plebiscito que se realizou no país após a ditadura militar e que acabou consagrando mesmo o presidencialismo como regime".

Essa foi uma das várias entrevistas com personalidades e autoridades da política. Na lista, ele destacou, ainda, a conversa com o ex-presidente Lula, que em 1988 era deputado federal e candidato a presidência da República. No programa, o jornalista também fazia comentários políticos.

Homenagens

O governador João Azevêdo (Cidadania) lamentou a morte do radialista e se solidarizou com a família. Em mensagem deixada nas redes sociais, lembrou que Otinaldo é uma figura muito importante na memória do rádio no estado. "Ele implantou o jornalismo e o setor de esportes da rádio Tabajara entre os anos 1950 e 1970, provocando uma verdadeira revolução no rádio da Paraíba", lembrou o governador.


				
					Jornalista Otinaldo Lourenço morre vítima da Covid-19

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas da PB também expressou profundo pesar pela morte de Otinaldo, considerado uma lenda do radiojornalismo paraibano.

Registrou a direção do Sindicato: "Otinaldo foi um mestre que conseguiu unir qualidade e popularidade. Responsável pela modernização da Rádio Arapuan, imprimiu na grade de programação da emissora um estilo que lembrava a BBC de Londres e ao mesmo tempo agradava o gosto mais popular. Referência no jornalismo, intelectual respeitado e um apaixonado pelas ondas hertzianas, Otinaldo se despediu no Dia do Rádio, uma de suas grandes paixões e à qual deu inestimável contribuição".

Amigos nas redes 

Vários amigos e admiradores registraram a importância de Otinaldo para a imprensa paraibana. Entre eles, o amigo Petrônio Souto, que escreveu: "Numa época em que João Pessoa tinha apenas uma emissora de ondas médias e a Tabajara reinava absoluta, ele pegou uma rádio incipiente, amadora, de potência e abrangência quase nulas, com transmissor caseiro, e transformou a Arapuan na mídia mais poderosa e influente do estado".

Atualizado às 9h58

Imagem ilustrativa da imagem Jornalista Otinaldo Lourenço morre vítima da Covid-19

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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