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CONVERSA POLÍTICA

Marcha pela Vida das Mulheres denuncia impactos negativos dos parques eólicos e usinas solares

O evento será semana que vem, dia 16, no dia Nacional da Conscientização das Mudanças Climáticas.  

Publicado em 09/03/2023 às 9:16


                                        
                                            Marcha pela Vida das Mulheres denuncia impactos negativos dos parques eólicos e usinas solares

Milhares de agricultoras paraibanas são esperadas nas ruas de Montadas, a 158 km de João Pessoa, para denunciar os impactos negativos dos parques eólicos e usinas solares, na região. O evento será semana que vem, dia 16, no dia Nacional da Conscientização das Mudanças Climáticas.

A mobilização é a 14ª edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia e expectativa é que mulheres de 13 municípios da região do Polo da Borborema, além de mulheres de outros territórios do semiárido paraibano e estados vizinhos, participem do evento.

Os organizadores e mulheres envolvidas na manifestação alertam para a contradição produção industrial da energia renovável, que, segundo elas, é tida como limpa, mas empobrece e adoece as famílias rurais e, ainda, as expulsa do campo.

De acordo com Roselita Vitor, liderança sindical e uma das coordenadoras políticas do Polo da Borborema - um fórum que reúne 13 sindicatos rurais - o desafio que tem sido explicitar essa contradição.

Por isso, de acordo com as organizadoras, a Marcha desse ano repete o lema de 2022: Borborema Agroecológica não é lugar de parques eólicos.

Um número muito pequeno de pessoas conhece os impactos negativos provocados pelo modelo industrial de produção de energia nos territórios. Aqui, na Borborema, há cerca de 19 mil famílias agricultoras. As cidades vivem a partir da renda rural. O que vai significar a chegada desses parques, inclusive, na economia dos municípios?”, questiona Roselita.

A expectativa da Coordenação de Mulheres do Polo da Borborema, organizadora da Marcha, é que o ato reúna cerca de cinco mil mulheres.

De acordo com elas, há uma necessidade de explicar às comunidades envolvidas e à opinião pública os impactos desse modelo de geração de energia na agricultura familiar, na cultura das comunidades e na produção de alimentos.

Roselita ressalta que, nos últimos meses, é bem comum ouvir relatos de que comunidades, famílias e sindicatos que foram visitados. Segundo ela, a forma como essas empresas chegam nos territórios de todo o semiárido é estarrecedora. Para a sindicalista, é uma violação de direitos.

"Abordam as famílias de forma individualizada e, sozinhas, elas não têm força social para resistir. Sem falar que não recebem as informações adequadas sobre os riscos. O que significa falar com um agricultor de 60 anos, que não sabe ler, sobre uma renda fixa até o final da vida?”, dispara Roselita.

Ela explica ainda que a solução que está sendo construída é meramente baseada numa relação de mercado. "Se propõe a troca de uma matriz energética, com base nos combustíveis fósseis, por outra, baseada na energia renovável, sem entender o desequilíbrio socioambiental que afeta as populações dos lugares onde estão sendo instalados os parques eólicos e as usinas solares”, sustenta.

O que a Marcha faz, de acordo com ela, é propagar as realidades de comunidades onde os parques eólicos já estão instalados. "Nós fomos lá para entender a situação das famílias e, depois, compartilhar o que vimos com as famílias do nosso território”, acrescenta.

As organizadoras da Marcha ressaltam que a mobilização  não significa que as mulheres agricultoras são contra a energia renovável, mas elas não querem o modelo proposto, que entrega parte da terra nas mãos de grandes empresas e concentram as riquezas geradas com a produção da energia.

Nesse modelo, o agricultor, a mulher do campo e a juventude ficam apenas com os prejuízos. Queremos que cada família agricultora possa ter placas solares em suas casas para gerar a energia necessária para o seu uso”, sustenta Adailma Ezequiel, liderança sindical.

Por que em Montadas ?

Montadas fica numa região da Borborema Agroecológica que faz fronteira com municípios onde as empresas já têm licenças emitidas pelo Estado para instalar os parques industriais.

Isso acontece em Pocinhos, por exemplo, endereço de oito parques eólicos do Complexo Serra da Borborema, além de três usinas fotovoltaicas.

Montadas é um município estratégico para reafirmarmos a nossa luta, uma vez que as terra dos agricultores e agricultoras estão sendo ameaçadas pela instalação dos parques eólicos e usinas solares”, comenta a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores/as Rurais de Montadas, Jaílma Flávia Fernandes.

Localização

A Marcha se concentrará na praça Josefa Tavares, no centro de Montadas, às 8h, e depois fará um percurso de 1,5 quilômetro até voltar para o lugar de partida. Quem vai participar do evento, segundo os organizadores, é a cirandeira Lia de Itamaracá.

Sobre o Polo da Borborema

É um coletivo de sindicatos rurais de 13 municípios do território da Borborema. O Polo defende e põe em prática um projeto político de fortalecimento da agricultura familiar por meio da convivência com o Semiárido e da agroecologia. A ação do Polo mobiliza mais de nove mil famílias e envolve desde o agricultor e a agricultoras até os

filhos - dos jovens às crianças.

Com informações da Assessoria

Imagem ilustrativa da imagem Marcha pela Vida das Mulheres denuncia impactos negativos dos parques eólicos e usinas solares

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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