CONVERSA POLÍTICA
Moraes rejeita ação do PL que questiona urnas e multa coligação de Bolsonaro em R$ 22,9 milhões
Na decisão, tomada nesta quarta-feira (22), o ministrofixou multa por litigância de má-fé e determinou o bloqueio e a suspensão do fundo partidário dos partidos que integram a coligação de Bolsonaro.
Publicado em 23/11/2022 às 21:12
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou a ação apresentada pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que pedia a anulação de votos em mais de 279 mil urnas no segundo turno das eleições.
Na decisão, tomada nesta quarta-feira (22), o ministro ainda fixou multa de cerca de R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé e determinou o bloqueio e a suspensão do fundo partidário dos partidos que integram a coligação de Bolsonaro. Além do PL, Republicanos e PP também integram a coligação.
Na decisão, Moraes também determina a abertura de um processo administrativo pela Corregedoria-Geral Eleitoral para apurar "eventual desvio de finalidade na utilização da estrutura partidária, inclusive de Fundo Partidário"; e que seja enviada cópias do inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação sobre a atuação de uma suposta milícia digital para atacar a democracia e as instituições.
No despacho, Moraes cita o "possível cometimento de crimes comuns e eleitorais com a finalidade de tumultuar o próprio regime democrático brasileiro".
O presidente do TSE diz considerar que a ação do PL não traz qualquer indício ou circunstância que justifique a reavaliação de parte das urnas.
Auditoria sem provas
O relatório da auditoria foi divulgado pelo PL e pelo Instituto Voto Legal nesta terça (22), mesmo dia em que foi protocolado no TSE.
Horas depois, Moraes decidiu no processo ordenando que o partido se manifestasse também sobre os votos do 1º turno, já que a auditoria citava apenas a votação em 2º turno, e só os votos para presidente.
*com informações do g1
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