CONVERSA POLÍTICA
Lei muda regras do programa 'Tá na Mesa' e preço da quentinha será definido pelo governador
A lei que faz mudanças nas regras para execução do programa Tá Na Mesa, um dos carros-chefes da gestão do governador João Azevêdo (PSB), foi aprovada no mês passado, sob críticas da oposição na ALPB.
Publicado em 04/01/2024 às 11:19
Entrou em vigor nesta quinta-feira (5) a lei que faz mudanças nas regras para execução do programa Tá Na Mesa, um dos carros-chefes da gestão do governador João Azevêdo (PSB). As alterações na lei original (12.059/2021) foi aprovada na Assembleia Legislativa sob forte crítica de oposicionistas, no mês passado. As mudanças foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE).
A modificada lei estabelece que os almoços serão vendidos à população, diariamente, de segunda a sexta-feira, a preço unitário simbólico, que representará parte do pagamento dos fornecedores contratados. A diferença é que agora, os critérios para definição desses valores serão feitos por decreto do governador e não mais pela Secretaria de desenvolvimento Humano.
O novo texto da lei também define que os almoços serão vendidos até que terminem os estoques diários ou horário de venda, prevalecendo o que acontecer primeiro, respeitando-se a ordem cronológica de atendimento.
O valor complementar da refeição cobrado pelo fornecedor, considerando o que será pago pelo beneficiário, será custeado pelo Estado da Paraíba, por meio de dotação orçamentária consignada, anualmente, na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano – SEDH, observados os limites de movimentação, empenho e pagamento da programação orçamentária e financeira anual.
Debate na ALPB sobre Tá na Mesa
Na votação na ALPB, a deputada Cida Ramos (PT) questionou a mudança na lei para estabelece que valor da quentinha será definido por decreto e não mais pela Secretaria de Desenvolvimento Humano. “Não vamos ter controle algum, o governo pode passar a cobrar de 1 real pode passar para cinco ou seis reais”, indagou.
A petista também criticou a derrubada de um artigo que definia como “beneficiados pelo Programa a população em condição de pobreza, os trabalhadores informais e a população em situação de vulnerabilidade social de insegurança alimentar em geral”.
Já o líder da oposição, Wallber Virgolino (PL), colocou dúvidas no objetivo do governo em fazer mudanças no programa e fez associações com os escândalos envolvendo a Associação Arquidiocesana, responsável pela distribuição de alimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade através do Programa Prato Cheio. O programa do governo se envolveu no escândalo de suposto desvio de recursos público pelo então administrador do Hospital Padre Zé, o Padre Egídio.
O deputado Wilson Filho (Republicanos), líder da maioria, saiu em defesa da proposta enviada pelo governo. Segundo ele, as alterações seriam apenas para ampliar o programa Tá Na Mesa para todos os municípios paraibanos.
O texto da lei como está atualmente, destacou o governista, limita o benefício para 83 municípios paraibanos mais populosos, desprovidos do Programa dos Restaurantes Populares e que tenham mais de 10 mil habitantes.
O líder do governo, o deputado Chico Mendes (PSB), referendou que o objetivo do texto seria apenas para ampliar o programa.
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