Confira obras que a prefeitura de CG pretende fazer com empréstimos de R$ 500 milhões

Uma das alegações de vereadores de oposição e opositores da prefeitura de Campina Grande é que o gestor Bruno Cunha Lima (PSD) não tem deixado claro onde vai investir os mais R$ 500 milhões de empréstimos que pretende fazer.

Mas, segundo a prefeitura, foi tudo detalhado aos parlamentares pelo próprio prefeito, semana passada, que pediu que as informações fossem emendadas ao projeto original para não restar dúvida sobre o uso dos recursos e o desejo de transparência.

De acordo com a prefeitura, são duas linhas de crédito com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$130 milhões; uma com o Banco do Brasil, no valor de R$ 40 milhões; e outra de US$ 130 (R$ 327 milhões) com Banco o Fonplata (de países latinos).  Abaixo, as informações detalhadas:

Entre as obras previstas (veja lista completa em apresentação abaixo), estão a duplicação da Avenida Francisco Lopes, com urbanização, pavimentação e drenagem;  expansão do Parque do Povo, reforma do Açude Velho, duplicação da Avenida do Aeroclube; Parque da Catingueira, Canalização do Riacho Bodocongó, pavimentação de corredores de ônibus; construção de Arenas Esportivas.

Entenda o moído

Na última sexta-feira (31), a Justiça suspendeu sessão extraordinária, convocada para votar alterações no Regimento Interno, que permitiriam, em tese, a aprovação dos empréstimos na Casa. O aval dos vereadores é fundamental para isso.

Houve confusão na chegada do oficial de justiça, troca de empurrões entre o vereador Pimentel e um dos assessores do presidente da Casa.

A decisão judicial argumenta que não foi respeitado prazo regimental de 48h para convocação desse tipo de sessão. O presidente da Câmara, Marinaldo Cardoso, ainda não confirmou quando acontecerá nova sessão para discussão e análises dos pontos.

Abaixo, lista de obras previstas para cada linha de crédito:

Empréstimos

Com recursos próprios, quase sempre, insuficientes para fazer grandes intervenções, e eternamente à espera da boa vontade do governo federal e da chegada de emendas parlamentares, gestores de cidades com capacidade de endividamento, frequentemente recorrem aos empréstimos e financiamentos para fazer investimentos mais significativos nas cidades ou nos estados.

Na Paraíba, todos os últimos governos estaduais fizeram isso. Os últimos prefeitos de João Pessoa, em pelo menos duas décadas, recorrem a dinheiro “externo”. Toda oposição, por sua vez, contesta.

O próprio Bruno, quando oposição ao governo do estado, na AL, reclamou do que se chamava, à época, de “cheque em branco” para o governo. Agora, como Chefe do Executivo de Campina sofre com argumentos parecidos.

Os empréstimos, no entanto, ajudam a acelerar a execução de projetos, ações novas, reformas, reestruturação. A justificativa é sempre de que os recursos são fundamentais para melhorar a qualidade de vida do cidadão e gerar emprego e renda com “dinheiro novo”.

O prefeito de Campina alega que foi preciso organizar as contas para conseguir se enquadrar nas linhas de crédito. Fez o mais difícil e, agora, “pena” com uma oposição que cobra mais transparência e, claro, quer evitar que o dinheiro o ajude no projeto de reeleição.

O único erro de Bruno nesse movimento foi não cosntruir uma base sólida para aprovação de projetos dessa natureza, mesmo com apoio de um ou outro opositor, uma base consolidada, que defenda a ideia, que parta para o debate com bons argumentos é fundamental para aprovação.

Moído sempre haverá. Agora, é partir para o convencimento dos parlamentares mais reticentes e da opinião pública, fundamental para pressionar os vereadores.

Abaixo alguns projeções de obras. Veja também neste link.

Açude Novo. Ilustração: PMCG

Área da Avenida Josué Silvestre. Ilustração: PMCG.