O vice-presidente do Tribunal de Contas União (TCU), ministro Vital do Rêgo Filho, revelou a fatura do descaso do poder público com os recursos liberados para execução de obras realizadas na Paraíba, reveladas na série ‘Obras Inacabadas’, da Rede Paraíba. Todas com a participação de verbas federais.
Em entrevista exclusiva ao Bom Dia Paraíba, nesta sexta-feira (21), o paraibano disse que pouco mais de 39% de obras em execução na Paraíba estão inacabadas. O percentual representa mais de 400 obras incompletas. Em valores, isso representa uma perda de investimentos no estado de R$ 700 milhões.
O percentual da Paraíba, inclusive, é pior do que a média nacional de 38%. Em todo o país, as obras não entregues pelos gestores já causam prejuízos da ordem de R$ 10 bilhões.
Segundo Vital do Rêgo, são obras imprescindíveis para o povo, assim como as exibidas na reportagem, como creches, escolas, Unidades Básicas de Saúde (UBS), que estão todas dentro de um escopo de obras inacabadas em cinco órgãos federais do país: Dnit, Funasa, Caixa, PAC e Ministério de Educação.
Resposta a Nominando
Na entrevista, o ministro também comentou sobre as críticas do presidente do Tribunal de Contas do Estado, Nominando Diniz, em relação à demora na assinatura de uma liberação para que o órgão de controle estadual possa fiscalizar obras quem tenham verbas federais. Vital assegurou que a Paraíba será a primeira a assinar o Projeto Integrar, que visa formalizar parceria com todos os tribunais de contas estaduais do país.
O ministro também rebateu a crítica de Nominando sobre a ausência de servidores do TCU para acompanhar o andamento das obras no estado. Vital argumentou que o TCU tem uma tecnologia bastante avançada, umas das melhores do mundo, para fazer esse trabalho, independente das condições de estar fisicamente na Paraíba.
Confira AQUI a entrevista completa de Vital do Rego.
Confira as reportagens da série:
Obras Inacabadas: população lamenta abandono de casas e espera por um teatro há uma década
Obras inacabadas deixam agricultores sem água e marchantes sem matadouro na Paraíba
