OPINIÃO: segundo incêndio no Trauma de João Pessoa revela que há algo urgente a ser corrigido

Depois de mais um incêndio no Hospital de Trauma de João Pessoa, ontem (11), o sinal vermelho acendeu. O alerta vai pra um grau mais elevado.

É a segunda vez, em menos de seis meses, que pacientes precisam ser retirados dos leitos às pressas em macas, cadeiras de rodas, carregados por funcionários, com respiradores mecânicos e presos a soros.

O último episódio foi em dezembro.

O cenário foi de guerra e não é aceitável que isso aconteça com essa frequência. Estamos falando do principal e maior hospital público do estado. Referência.

Felizmente, não houve ocorrências graves, com mortes ou piora de quadro de internados, por causa do princípio de incêndio, que pode ter sido provocado por um curto-circuito no ar-condicionado.

Mas, conforme a assessoria, 70 pessoas precisaram ser transferidas, ou para outras áreas do hospital ou para outra unidades de saúde da capital.

Segundo a gestão, existe uma obra de modernização da parte elétrica e reforço na proteção contra incêndios no local.

Estão sendo investidos R$ 3,2 milhões desde dezembro de 2024. A ação já chegou a quase 50% do programado.

O fato é que a explicação é importante, mas não basta.

Tudo bem que os paraibanos não têm muitas opções públicas, mas manter a confiança e a tranquilidade no serviço que o hospital público presta é saudável para todo mundo: para o paciente, para o familiar, para a gestão pública.

À CBN, o secretário de Saúde do Estado, Ari Reis, afirmou que será feita uma investigação rápida para detectar os problemas e evitar um novo incidente.

É o tipo de situação com a qual não se pode contar com a sorte. Melhor investir em eficiência, acompanhamento e olhar perito. Não há margem para mais erros.

O princípio de incêndio, com muita fumaça, e uma operação de guerra, revelou que há algo urgente a ser corrigido.

Enquanto não houver certeza sobre isso, o sinal da preocupação continua aceso.

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