CONVERSA POLÍTICA
Para bajular Bolsonaro, Arthur Lira instala comissão para analisar PEC do voto impresso
Publicado em 13/05/2021 às 14:49 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:57
Por LAERTE CERQUEIRA
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu fazer um afago ao presidente Jair Bolsonaro. Mais uma retribuição ao apoio que o presidente deu para transformá-lo em um dos políticos mais poderosos do país. Sendo bem direto: resolveu bajular o capitão.
O voto impresso é uma pauta pessoal de Bolsonaro e Lira, durante sessão de madrugada, na calada da noite, assinou portaria para instalar a comissão especial que vai analisar a PEC 135/2019, chamada de PEC do voto impresso. A proposta é da presidente da CCJ, a bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF).
Se aprovada, a PEC torna obrigatória a impressão de cédulas de papel após votos depositados na urna eletrônica. Por enquanto terá que ser discutida.
Um debate fora de hora, para satisfazer o presidente.
Semana passada, o Bolsonaro afirmou que não terá eleição, se não tiver voto impresso. Para muitos, a sinalização de que, com impressão ou sem impressão, a ideia é contestar o resultado, caso ele perca a disputa.
O TSE alega que não há necessidade da impressão, que as urnas eletrônicas são auditáveis e que, depois de 25 anos, ninguém conseguiu provar qualquer sinal de fraude.
Engraçado é que o presidente e outros políticos, que agora colocam a urna em xeque, ganharam sucessivas eleições e nunca contestaram nada.
Lira faz o trabalho para o qual foi escalado. Colocar os projetos do executivo na pista, aproveitando a maioria.
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