CONVERSA POLÍTICA
Presidenciável do Novo defende liberalismo econômico contra populismos da direita e esquerda
Luiz Felipe D'ávila concedeu entrevista exclusiva ao Conversa Política. Apresentou as propostas do partido que serão expostas ao país na disputa à presidência, nas eleições deste ano.
Publicado em 20/04/2022 às 11:20 | Atualizado em 20/04/2022 às 14:31
O pré-candidato à presidência do Novo, Luiz Felipe D'ávila, concedeu entrevista exclusiva ao Conversa Política. O partido tem se apresentado como opção contra a polarização Lula e Bolsonaro.
Na agenda do presidenciável, a retomada da economia, sobretudo com foco nas reformas tributária e trabalhista. Temas que governos anteriores não avançaram, segundo ele, por falta de comando e, principalmente, metas de gestão.
Abrindo a economia, descentralizando o poder, aproveitando esse grande potencial do meio ambiente e continuar investindo no nosso agro, que é o mais competitivo do mundo, o Brasil pode voltar a crescer, mas para isso temos que tirar o estado das costas das pessoas que empreendem, que geram emprego e renda", defendeu Felipe D'ávila
Felipe d’Ávila nasceu em São Paulo, tem 58 anos e tem formação em Ciência Política com mestrado em administração pública pela Universidade de Harvard.
Fundou, em 2008, o Centro de Liderança Pública, uma organização sem fins lucrativos dedicada à formação de líderes políticos.
Já trabalhou para o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, mas nunca atuou diretamente em uma disputa eleitoral. Essa será a primeira vez em que ele se candidata ao cargo de presidente da República.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista de Felipe d’Ávila ao Conversa Política:
Contra populismos
Felipe D'ávila se apresenta como uma opção contra o 'populismo da direita e da esquerda' que, segundo ele, é responsável por 20 anos de recessão da economia, recorde de desemprego, aumento da miséria, queda da renda e volta da inflação.
"Não poderia ter um cenário pior no Brasil. Isso é acumulo de erros e medidas populistas nos último 20 anos e o Brasil precisa de uma alternativa para tirar o país desse atoleiro", defendeu.
Terceira Via
O presidenciável do Novo acredita que as pessoas estão pedindo é alguém para “pacificar o país” para além da polarização Lula x Bolsonaro.
Essa terceira via, no entanto, não seria esta que tem se apresentado como 'candidatura de consenso' da aliança entre Cidadania, MDB, PSDB e União Brasil.
Retomada da economia
Luiz Felipe D'ávila defendeu uma reforma tributária neutra como uma das propostas para a retomada da economia. "A questão da simplificação das regras tributárias é vital para economia brasileira, para retomada da competividade do setor privado", completou.
Combate ao Centrão e elogios a Temer
Descentralizar o poder e ter um governo firme, com metas pré-definidas, para o pré-candidato, são fundamentais para retirar a força que o Centrão exerce no Congresso Nacional, muitas vezes impedido a aprovação de matérias de interesse do governo.
Neste contexto, o pré-candidato também defendeu o governo do ex-presidente Michel Temer. Segundo ele, o emedebista foi um dos presidentes mais impopulares do Brasil, mas tinha metas e conseguiu avançar nas reformas necessárias. "Veja um exemplo de um governo com prioridades claras e capaz de costurar pactos políticos", afirmou.
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