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CONVERSA POLÍTICA

Quem é Hugo Motta, paraibano, nova aposta de Lira para sucessão na Câmara

Deputado da Paraíba tem apenas 34 anos, mas já criou uma rede de vastas relações em Brasília ao longo de seus quatro mandatos como deputado federal

Publicado em 04/09/2024 às 14:58


				
					Quem é Hugo Motta, paraibano, nova aposta de Lira para sucessão na Câmara
Foto: Agência Câmara.

O Jornal Valor Econômico destacou, em matéria do site, nesta quarta-feira, a atuação do paraibano Hugo Motta (Republicanos), que passou a ser o favorito na disputa pela vaga de presidente da Câmara dos Deputados.

A reportagem de Raphael Di Cunto e Marcelo Ribeiro afirma que ele tem como grande "padrinho", ou melhor, "pai de consideração", o deputado do PP, Ciro Nogueira.

Citação

Prodígio na política, tendo sido o deputado federal mais jovem eleito em 2010, com então 21 anos, Motta é herdeiro de uma família poderosa em Patos, quarto município mais populoso da Paraíba, diz a reportagem.

O Valor lembrou também que Hugo já foi um dos Cunha-boys, jovens deputados que ganharam protagonismo com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (Republicanos-RJ).

Em um dos trechos, destacou ainda que Motta esteve na base governistas dos três últimos presidentes.

"Motta fez parte da base de apoio dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) e, agora, também do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)".

Confira a reportagem na íntegra:

Novo favorito para a eleição pela presidência da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) tem apenas 34 anos, mas já criou uma rede de vastas relações em Brasília ao longo de seus quatro mandatos como deputado federal.

Um dos principais, que o ajudou a chegar como favorito ao cargo, é a relação com o presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), que o trata como um “filho de consideração”.

Nogueira foi o mais ativo nas articulações para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convencesse o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), a desistir da candidatura para que Motta pudesse entrar na disputa.

A intenção é que ele seja um candidato de consenso – o que ainda não ocorreu, já que Elmar Nascimento (União-BA), Antonio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL) avisaram que vão se manter como candidatos.

Parlamentares resistem à articulação de Lira em torno de Hugo Motta e devem manter disputa à presidência da Câmara

Prodígio na política, tendo sido o deputado federal mais jovem eleito em 2010, com então 21 anos, Motta é herdeiro de uma família poderosa em Patos, quarto município mais populoso da Paraíba.

Seu pai, Nabor Wanderley (Republicanos), é o atual prefeito da cidade, cargo que exerce pela terceira vez, e concorre à reeleição agora em outubro.

A vó dele, Francisca Motta, foi prefeita de 2013 a 2016 e um tio comandou a cidade ainda na ditadura militar.

Hugo chegou à Câmara em 2010, mas foi no segundo mandato que se destacou como parte dos “Cunha boys” –jovens deputados que ganharam protagonismo com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (Republicanos-RJ).

Cunha e Motta eram, na época, do PMDB (hoje MDB), e o então presidente da Casa o fez presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, para investigar o então governo Dilma (PT).

Dilma perdeu o mandato num impeachment, com o voto favorável de Motta, mas Cunha foi cassado meses depois sob a acusação de mentir sobre dinheiro mantido no exterior. Neste caso, Motta preferiu se abster e não votou na sessão que tirou o mandato do aliado.

Motta trocou de partido para disputar a reeleição em 2018 e entrou no Republicanos. O caminho favorito era o PP, mas o partido já estava sob o comando de outro deputado federal e Nogueira o apresentou ao presidente do Republicanos, Marcos Pereira.

Na sigla, Motta fez parte da base de apoio dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) e, agora, também do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O paraibano está no terceiro ano seguido como líder do Republicanos na Casa e, em 2022, foi o deputado federal mais votado de seu Estado. A eleição para presidente da Câmara, caso realmente ocorra, pode mudar os planos, mas o deputado era cotado para concorrer ao Senado ou até ao governo da Paraíba em 2026.

Foto: Agência Câmara

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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