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CONVERSA POLÍTICA

Ricardo Vital transfere processos da Operação Calvário para Justiça Eleitoral

São alvos dos processos um total de 35 pessoas, dentre elas o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), apontado como líder da organização criminosa que teria desviado R$ 136 milhões dos cofres da Paraíba. 

Publicado em 25/01/2022 às 11:28 | Atualizado em 25/01/2022 às 15:46


                                        
                                            Ricardo Vital transfere processos da Operação Calvário para Justiça Eleitoral
Foto: divulgação/TJPB

				
					Ricardo Vital transfere processos da Operação Calvário para Justiça Eleitoral
Foto: divulgação/TJPB. Foto: divulgação/TJPB

Todos os processos que estão sob a competência do desembargador Ricardo Vital de Almeida, relator da Operação Calvário no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) serão transferidos para análise da Justiça Eleitoral. A decisão foi tomada pelo desembargador nesta segunda-feira (24). São alvos dos processos 35 pessoas, dentre elas o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), apontado como líder da organização criminosa que teria desviado R$ 136 milhões dos cofres da Paraíba.

Na decisão, Ricardo Vital destaca que não se trata de declínio de competência, inclusive lamenta a mudança, mas destaca que a medida "é pertinente e racional à própria economia de atos processuais e à prevenção adversa a imbróglios nulificantes a poderem ser no futuro alegados, a provocação da Justiça Especializada para analisar os fatos integrantes da presente investigação e denúncia e, assim, decidir sobre sua competência".

Ricardo Vital lembra que inicialmente havia o entendimento, inclusive das instâncias superiores (STF e STJ), de que o caso seria de competência da Justiça comum, já que, de acordo com as investigações, a suposta organização criminosa "visava o enriquecimento pessoal dos seus integrantes, proporcionando a estes a obtenção de vantagens de diversas ordens, não havendo qualquer imputação da prática de crimes eleitorais".

O entendimento do Supremo, no entanto, mudou. Agora o STF orienta que seja remetido à Justiça Especializada em caso com conteúdos conexos.

Na prática, o relator quis evitar análise com posicionamentos diferentes sobre o mesmo caso, principalmente após a mudança de alguns dos processos para a Justiça Eleitoral pela suspeita de que parte dos valores desviados teriam sido usado como caixa 2 de campanha, segundo o Ministério Público.

Assim, todo o procedimento investigatório criminal sob condução da sua relatoria, inclusive os que tramitam em segredo de Justiça, deveram permanecer na corte especializada até outra deliberação.

Imagem ilustrativa da imagem Ricardo Vital transfere processos da Operação Calvário para Justiça Eleitoral

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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