CONVERSA POLÍTICA
Roberto Jefferson se entrega após resistir à prisão e atacar policiais federais com fuzil e granadas; veja fotos
Ele cumpria prisão domiciliar determinada no inquérito sobre os atentados contra o Estado Democrático de Direito. Mas descumpriu várias medidas e por causa disso, Alexandre de Moraes revogou a prisão domiciliar.
Publicado em 23/10/2022 às 18:51 | Atualizado em 23/10/2022 às 19:27
O ex-deputado Roberto Jefferson atirou em policiais federais que foram cumprir o mandado de prisão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no começo da tarde deste domingo (23), na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro.
Jefferson cumpria prisão domiciliar, determinada no inquérito sobre uma organização criminosa que atenta contra o Estado Democrático de Direito.
Ele descumpriu várias medidas da prisão domiciliar, como passar orientações a dirigentes do PTB, receber visitas, conceder entrevista e compartilhar fake news que atingem a honra e a segurança do STF e seus ministros, como ao ofender a ministra Cármem Lúcia.
Por causa de todos estes descumprimentos, Alexandre de Moraes revogou a prisão domiciliar e determinou sua volta à prisão.
Foi preso
Por volta das 19h20 ele se entregou a polícia depois da resistência. As armas foram entregues à polícia pelo se colega Padre Kelmon.
Balas
Neste domingo (23), a Polícia Federal foi cumprir a ordem de prisão e foi atacada por Roberto Jefferson com granadas e fuzil - mesmo que ele não tenha direito de portar arma de fogo. Dois agentes foram feridos. A PF revidou o ataque, mas não invadiu a casa do ex-deputado.
Repúdio
Jair Bolsonaro repudiou as ofensas a Cármem Lúcia e a ação armada, mas criticou o inquérito do STF e determinou a ida do ministro da Justiça, Anderson Torres, ao local.
Jefferson é aliado do presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).
Agressão
Apoiadores de Jair Bolsonaro também foram para a porta da casa de Roberto Jefferson e hostilizaram a imprensa que está no local. Um repórter cinematográfico foi agredido.
Dois policiais foram feridos por estilhaços, sem gravidade. O delegado Marcelo Vilella, que teria sido atingido na cabeça e na perna, e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira, de 31 anos, ferida na cabeça. Os dois foram atendidos em um hospital da região e já tiveram alta.
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