CONVERSA POLÍTICA
Rui Costa diz que extinção da Funasa é irreversível e nomeação foi para acelerar encerramento
O aliado do ministro Rui Costa foi nomeado presidente da Funasa ontem (21), acendendo a tese de que Lula estaria atendendo aos apelos do Centrão, como o PSD da senadora Daniella Ribeiro.
Publicado em 21/03/2023 às 10:00
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse que a nomeação de Francisco Neves de Oliveira como novo presidente da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) foi tomada para acelerar a extinção da pasta. O aliado do ministro foi nomeado ontem (21), acendendo a tese de que Lula estaria atendendo aos apelos do Centrão, como o PSD da senadora Daniella Ribeiro.
Não tem a menor hipótese do retorno. A nomeação é para acelerar as medidas de encerramento", afirmou, em entrevista ao Globo.
Rui Costa declarou que o governo não vai recuar na tentativa de extinguir o órgão e explicou que a substituição de Francisco Neves por Elvira Medeiros Lyra no comando da Funasa foi a pedido do Palácio do Planalto, que considerou que a presidente anterior não estava agindo de forma célere com o processo de extinção.
Ao Globo, o ministro explicou, ainda, que o processo de extinguir a Funasa vai demorar cerca de 20 dias. Segundo ele, esta semana "devem sair várias publicações, inclusive dando destinação aos imóveis, redistribuindo funcionários".
A Funasa é conhecida pelo loteamento político e até o fim do governo de Jair Bolsonaro era dominado pelo PSD. Além do comando nacional, as superintendências regionais costumam ser escolhidas por indicações políticas. Na Paraíba, a pasta era comandada pela ex-prefeita de Pilar, Virgínia Veloso, mãe de Daniella e do deputado Aguinaldo Ribeiro.
Na semana passada, Daniella revelou articulação junto a Lula para impedir a extinção da Funasa, através da revogação da Medida Provisória publicada pelo presidente no dia 2 de janeiro. O texto tem validade de até 120 dias e precisa ser confirmado pelo Congresso para ter efeitos permanentes.
Se confirmada a extinção, as principais funções ficarão com a Secretaria Nacional de Saneamento dos Ministério das Cidades, comandada por Leonardo Picciani. Tanto o secretário, quanto o ministro Jader Filho são do MDB. Já as ações de vigilância em Saúde serão distribuídas para o Ministério da Saúde.
*com informações de O Globo
Comentários