Saúde rebate declaração de que houve redução do número de leitos na Paraíba

Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) da Paraíba divulgou nesta segunda-feira (8) dados comparativos da quantidade de leitos de UTI e de enfermaria Covid-19 na região de João Pessoa (1ª macro) e Campina Grande (2ª macro) em maio do ano passado, quando teve início o primeiro pico da pandemia, e dos existentes neste domingo (7).

Os números revelam que na região da capital, houve uma aumento do número de leitos de UTI Covid de 112 para 212. Em relação aos leitos de enfermaria, no entanto, houve uma redução de 306 para 281. A explicação da SES é que em maio do ano passado, a rede de saúde contava com 130 leitos de enfermaria do Hospital Solidário, instalado no estacionamento do Hospital Metropolitano, em Santa Rita.

Campina Grande

Já na região de Campina Grande, houve aumento no dois tipos de leitos em relação aos dois períodos. As UTI covid aumentaram de 54 para 139 unidades e as enfermarias de 109 para 202 leitos, segundo a SES.

Apesar do aumento de leitos,o secretário da Saúde, Geraldo Medeiros, revelou que, pela segunda vez em cinco dias, o Hospital das Clínicas de Campina Grande atingiu 100% de ocupação dos leitos de UTI, neste domingo (7). A justificativa é que houve também o aumento do número de pessoas com suspeitas de contaminação e necessidade de internação.

Críticas de Bruno

Os dados apresentados pela SES são uma resposta às declarações do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), em uma live no seu Instagram, após ter participado de uma reunião com o governador João Azevêdo (Cidadania) para tratar de novas medidas restritivas para tratar do avanço da pandemia.

Com dados do Conselho Regional de Medicina (CRM), Bruno acusou a SES de falta de planejamento e ineficiência na gestão da pandemia em Campina Grande. Ele afirmou que as UTIs foram reduzidas de 128 leitos para 75, no último dia 19 de fevereiro. Em termos de leitos de enfermaria, o município teria sofrido queda de 291 para 90, no mesmo período.

O problema é que, com a fala de Bruno, ele mirou no governo do estado e acabou atingindo também o seu aliado político, o prefeito de João Pessoa que tem tentando também administrar a situação na capital. Acusou indiretamente Cícero Lucena (PP) de inoperância. 

Confira os dados divulgados pela SES-PB: