icon search
icon search
home icon Home > política > conversa política
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CONVERSA POLÍTICA

Tentativa 'terrorista' na posse de Lula lembra ataque ao Riocentro com Elba no palco

As bombas, plantadas por um sargento e um capitão, integrantes do Doi-Codi, teriam sido uma das últimas tentativas de interromper a abertura política.

Publicado em 26/12/2022 às 10:42


                                        
                                            Tentativa 'terrorista' na posse de Lula lembra ataque ao Riocentro com Elba no palco
Foto: divulgação

A tentativa de um empresário bolsonarista do Pará de explodir um caminhão-tanque no dia da posse de Lula como presidente da República causou perplexidade. O ato, porém, é um modos operandi que não é novidade quando se fala em atos antidemocráticos e golpistas no Brasil.

Há pouco mais de quatro décadas, os brasileiros foram testemunhas do atentado do Riocentro. O frustrado ataque a bomba aconteceu na noite de 30 de abril de 1981, durante a apresentação da paraibana Elba Ramalho, em um show do Dia do Trabalho.

As bombas, plantadas por um sargento e um capitão, integrantes do Doi-Codi, teriam sido uma das últimas tentativas de setores mais radicais do governo de convencer os moderados a interromper a abertura política.

O plano, no entanto, fracassou. As bombas que deveriam explodir na casa de força e no estacionamento do Centro de Convenções no Riocentro foram acionadas antes do tempo, dentro do carro em que estavam os militares. O sargento morreu e o capitão ficou ferido.

“Além da bomba que explodiu no Puma, ocorreu uma segunda explosão no interior do Riocentro, na miniestação elétrica responsável pelo fornecimento de energia do centro de convenções. A bomba foi jogada por cima do muro da miniestação, mas explodiu em seu pátio e a eletricidade do pavilhão não chegou a ser interrompida” diz o relatório preliminar Caso Riocentro: Terrorismo de Estado contra a População Brasileira, publicado pela Comissão da Verdade em 2014.

O relatório conclui sobre o atentado que foi “um minucioso e planejado trabalho de equipe realizado por militares do I Exército e do Serviço Nacional de Informações (SNI)". O coronel reformado Wilson Machado negou.

Caso o plano tivesse dado certo, a nata da MPB brasileira e milhares de pessoas inocentes seriam assassinados. Chico Buarque, Alceu Valença, Cauby Peixoto, Gal Costa, João Nogueira, Clara Nunes, Elba Ramalho, Ivan Lins, Simone, Miúcha… Teriam sido todos mortos se a bomba não tivesse explodido no colo do sargento.

Uma curiosidade desse episódio é que a paraibana Elba Ramalho é antipetista desde o início das obras de transposição do Rio São Francisco, tocadas no governo Lula I. Também é apontada como eleitora do presidente Jair Bolsonaro, apesar de nunca ter declarado publicamente o voto.

Imagem ilustrativa da imagem Tentativa 'terrorista' na posse de Lula lembra ataque ao Riocentro com Elba no palco

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp