CONVERSA POLÍTICA
Veneziano defende cooperação de Bolsonaro e Michelle para demonstrar não terem 'culpa no cartório'
A CMPI do 8 de janeiro terá mais um episódio 'quente' hoje, a partir das 11h, com a possibilidade de aprovação da quebra de sigilo de militares e do hacker Walter Delgatti.
Publicado em 22/08/2023 às 10:30
O senador Veneziano (MDB) defendeu a quebra de sigilos telemáticos e bancários do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O paraibano integra a CPMI dos Atos Golpistas e estava como presidente interino do Senado no dia 8 de janeiro, quando houve a depredação à sede dos Três Poderes em Brasília.
Na opinião de Veneziano, Bolsonaro e Michelle poderiam até se colocar a disposição neste sentido, para demonstrar que não tem 'culpa no cartório'. "Acho que o próprio presidente e todos que fossem mencionados deveriam estar dispositos a faze-lo antes mesmo que nós o façamos", disse, em entrevista ao Jornal da CBN nesta terça-feira (22).
O argumento do senador é que quando há qualquer posição de questionamento público, em nome da própria defesa de quem está sendo questionado, o correto é que essa pessoa colocasse amplamente à disposição as informações "e uma dessas medidas é por os nossos direitos que são privados ao sigilo à disposição".
CMPI do 8 de janeiro
A CMPI do 8 de janeiro terá mais um episódio 'quente' hoje, a partir das 11h, com a possibilidade de aprovação da quebra de sigilo de militares e do hacker Walter Delgatti.
Além disso, há chances da aprovação de uma reconvocação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, para novo depoimento à Comissão. No mês passado, quando prestou depoimento sobre os ataques de 8 de janeiro, o tenente-coronel não respondeu a nenhuma pergunta dos parlamentares.
Na avaliação de Veneziano, todos os militares identificados como participantes dos atos antidemocráticos precisam ser convocados. "Identificada participações e presenças de alguns militares que tenham contribuídos com esses horrorosos episódios do dia 8 o próprio Exército desejará que eles sejam identificados e punidos. Não haverá acobertamento, não haverá intimidação e nós não nos inibiremos, antes pelo contrário, vamos chamá-los", reiterou.
Confira AQUI a entrevista de Veneziano na íntegra
*com informações da CBN
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