Wallber articula CPI para investigar suspeita de fraudes no Hospital Padre Zé

Foto: divulgação/ALPB

O líder da oposição, deputado Wallber Virgolino (PL), iniciou uma articulação para  instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as suspeitas de desvios de fraudes em tese cometidas pelo Padre Egídio no Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Na sessão desta terça-feira (24), o parlamentar conseguiu recolher 9 assinaturas. Para que ela seja aberta são preciso 12.

Até às 11h, assinaram o requerimento: Camila Toscano (PSDB), Wallber Virgolino (PL), George Morais (União), Anderson Monteiro (MDB), Sargento Neto (PL), Taciano Diniz (União), Michel Henrique (Republicanos), André Gadelha (MDB) e Fábio Ramalho (PSDB).

Ao apresentar a proposta, Wallber destaca que a CPI terá como missão, no prazo de 120 dias, apurar e investigar os atos ilícitos que vieram à tona na gestão de Padre Egídio no Hospital Padre Zé, inclusive com verbas públicas.

Levantamento exclusivo do Conversa Política constatou que, nos últimos anos, apenas o CNJP do Instituto São José, que administra o hospital, recebeu mais de R$ 290 milhões, de convênios federais, estaduais e com o município de João Pessoa. Sem contar as doações privadas.

O caminho desse dinheiro já vem sendo investigado pela força-tarefa solicitada pelo novo administrador, Padre George, ao Gaeco do Ministério Público da Paraíba assim que assumiu, após denúncia anônima enviada ao órgão, apontando como supostamente o dinheiro enviado ao Hospital teria sido mal utilizado pelo Padre.

A ‘Operação Indignus’, em decorrência da denúncia, tem investigado desde então um escandaloso esquema de utilização de verbas do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, para bancar, segundo denúncias, de regalias, imóveis e itens de luxo, na gestão do Padre Egídio.

Em coletiva à imprensa recentemente, o Arcebispo da Paraíba, Dom Delson, e o Padre George Batista, novo administrador da entidade, revelaram que Padre Egídio também fez R$ 13 milhões em empréstimos em nome do hospital.

Manutenção do Padre Zé

Por causa do pagamento do empréstimo, segundo Padre George, o hospital tem perdido mensalmente cerca de R$ 250 mil que são transferidos através do recursos oriundos do SUS.

Atualmente, segundo o diretor, a unidade precisa de cerca de R$ 1,3 milhão para se manter, sendo cerca de R$ 1 milhão de verbas enviadas pelo SUS e o restante através de doações.

Na sessão desta terça-feira, parlamentares na Assembleia Legislativa e na câmara Municipal voltaram a defender que as emendas para o hospital continuem a ser enviadas para “salvar” o serviço que é prestado aos mais vulneráveis.

*matéria atualizada às 23h, com a retirada do nome da deputada Cida Ramos que afirmou não ter assinado requerimento de abertura de CPI.