POLÍTICA
'Corda no pescoço' do governo
Publicado em 23/03/2012 às 8:00
Um dia depois de a presidente Dilma Rousseff sofrer sua pior derrota no Congresso, o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), afirmou ontem que a base aliada não pode colocar a "faca no pescoço do governo" e condicionar a aprovação da Lei Geral da Copa do Brasil a uma data para a votação do Código Florestal.
Ontem, o PMDB, principal partido aliado ao Planalto, liderou o motim que levou ao adiamento da votação da Lei Geral da Copa. Bancada ruralista, da saúde e evangélica se uniram contra o governo.
"É colocar a faca no pescoço do governo. Veja, a oposição pode falar isso, agora, a base falar: 'nós queremos a data'. Isso não pode. Olha a situação do governo! A base falando publicamente, pedindo para marcar a data. Que história é essa? O governo quer discutir mérito", afirmou Tatto.
Ontem, o líder petista também diminuiu o tom do discurso contra os ruralistas. Ele admitiu que o clima na Câmara ontem estava péssimo e que o melhor agora é sentar para conversar.
"Eu não falei mal dos ruralistas ontem, falei dos predadores, agora se alguém vestiu a carapuça [...]. O clima ontem estava péssimo em função de toda a situação, agora vamos diminuir o tom do discurso de isso ajudar a aprovar a Lei Geral da Copa [...]. Estou mudando meu discurso, estou mais 'light', vamos ver se assim a gente se entende", disse o parlamentar.
Tatto foi vaiado pelos ruralistas ao chamá-los de "predadores" durante a discussão da Lei Geral da Copa no Congresso.
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