POLÍTICA
Cota: bancada da PB na Câmara gasta R$ 4 milhões
Seguido por Leonardo Gadelha (PSC) e Manoel Júnior (PMDB), Wellington Roberto (PR) foi quem mais gastou, ficando em 3º lugar no ranking nacional.
Publicado em 15/01/2013 às 6:00
A bancada paraibana na Câmara dos Deputados gastou quase R$ 4 milhões da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) em 2012. Desse total, o deputado federal Wellington Roberto (PR) foi quem mais usou a verba parlamentar no Estado com gastos superiores a R$ 393 mil no ano. O montante assegurou para ele a terceira colocação nacional neste quesito – atrás de Johnathan de Jesus (PRB/RR) com R$ 778,6 mil e de Paulo César Quartiero (DEM/RR) com R$ 397 mil.
Conforme o ranking paraibano, os deputados Leonardo Gadelha (PSC) e Manoel Júnior (PMDB) assumiram a segunda e a terceira posições, respectivamente. Ao longo do ano passado, Gadelha gastou aproximadamente R$ 367 mil da verba parlamentar. Já Manoel Júnior contabilizou R$ 363 mil da CEAP.
Dos gastos de Wellington Roberto, R$ 241.300 (61,3%) foram destinados para consultorias, pesquisas e/ou trabalhos técnicos nos meses de fevereiro, setembro e novembro de 2012. Nenhum outro deputado, no mesmo período, utilizou tantos recursos para este fim.
Em entrevista à imprensa nesta semana, o deputado justificou os custos alegando o tamanho da base política do partido. “A coligação da qual faço parte elegeu mais de 50% dos prefeitos”, disse. “A maioria [dos gastos com pesquisas] foram para saber como estão chegando os recursos que destinei aos municípios”, continuou.
O deputado Manoel Júnior, ao longo do ano, fixou um valor próximo a R$ 88 mil para pesquisas e consultorias. Leonardo Gadelha despendeu os recursos, principalmente, de duas maneiras distintas. Seguindo a regra dos demais supracitados, ele gastou R$ 101.700 com pesquisas e consultorias. Contudo, utilizou ainda R$ 79.606 para divulgação de atividade parlamentar, nos 12 meses do ano passado.
De acordo com o ato da mesa Nº 43, de 21 de maio de 2009, que instituiu a CEAP, a Cota pode atender a despesas com passagens aéreas, telefonia, manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar, combustíveis, dentre outros. Conforme a publicação, a contratação, para fins de apoio ao exercício do mandato parlamentar, de consultorias e trabalhos técnicos, permitidas pesquisas socioeconômicas, não preveem um limite máximo de recursos.
A reportagem procurou falar com os deputados Wellington Roberto, Leonardo Gadelha e Manoel Júnior, que encabeçam o ranking dos que mais gastaram, mas os parlamentares não atenderam às ligações telefônicas.
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