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POLÍTICA

Covardia dos denunciantes esvazia denúncia sobre extorsão na PMJP

Empresários preferem pagar propina porque temem ver seus empreendimentos boicotados ou suas licenças engavetadas.

Publicado em 17/05/2016 às 18:27

Não se limitaria à liberação de alvarás a cobrança da já famosa ‘Taxa Z’, símbolo de um suposto esquema de extorsão montado na Prefeitura da Capital para achacar empresários de João Pessoa, principalmente aqueles que atuam na construção civil. A propina também seria exigida aos requerentes de outros tipos de licença (de operação, de instalação, ambiental, habite-se etc.) expedida pela administração municipal.

Denúncias do gênero são antigas e afetam sucessivas gestões da PMJP, mas jamais saíram dos bastidores ou corredores do poder municipal. Pelo simples fato de que a gravidade das acusações é do tamanho da omissão ou covardia dos denunciantes originais. Eles não assumem publicamente o que afirmam em privado com medo de se queimarem tanto junto aos achacadores como no próprio meio em que operam. Afinal, muitos preferem pagar a propina sem reclamar, temendo serem boicotados pelos colegas ou verem seus requerimentos de alvarás engavetados ou perdidos na burocracia da Prefeitura. Pagariam ainda, talvez, confiantes de que sempre é possível recuperar o ‘prejuízo’ cobrando a mais, bem mais, pelas obras que fazem ou produtos que fornecem à Prefeitura.

Daí, salvo uma delação premiada de alguém pego com a mão ou a boca na botija, é quase impossível ao Ministério Público, como quer o vereador Raoni Mendes, abrir um procedimento para investigar a famigerada taxa denunciada pela oposição ao prefeito Luciano Cartaxo. Que por essas e outras está sob fogo cerrado tanto na Câmara Municipal como no Governo do Estado, onde dá expediente a Professora Aparecida Ramos, secretária estadual de Desenvolvimento Humano e pré-candidata à Prefeitura de João Pessoa pelo PSB do governador Ricardo Coutinho.

Foi Cida quem introduziu no debate de pré-campanha eleitoral a história da Taxa Z, por ela mencionada durante entrevista concedida semana passada. Mas são antigas as referências à corrupção miúda e graúda que prostituiria a relação de gestores municipais com o empresariado. A última que ouvi, por exemplo, data do segundo ano do mandato em curso. Também sugerindo que seria ‘obra’ do tal Z... Propus ao informante que armasse um flagrante ou gravasse a conversa nada republicana em torno de uma possível extorsão que agilizaria a licença para construção de um 'empresarial'.

“Arme, grave e me traga que garanto publicar, dando o nome a todos os bois”, prometi na ocasião. Aguardo até hoje, obviamente frustrado por não poder cumprir a promessa. Mas resiste a esperança de um dia alguém desmantelar tudo aquilo que se apresenta como eficiente e lucrativo sistema de corrupção operado por chantagistas e extorsionários travestidos de agentes públicos e políticos.

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Jornal da Paraíba

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