POLÍTICA
Defensores do #foraDilma voltam às ruas na capital
Organização do movimento deste domingo cobra, além do impeachment de Dilma, punição para casos de corrupção.
Publicado em 12/04/2015 às 7:58
Uma nova manifestação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) está marcada para acontecer hoje, às 15h, no Busto de Tamandaré, entre as praias de Tambaú e Cabo Branco, em João Pessoa. Organizado por grupos que se comunicam principalmente através das redes sociais, o protesto tinha, até sexta-feira passada, 600 pessoas confirmadas em uma página de evento no Facebook. Intitulada 'Segundo Ato pelo impeachment da Presidente Dilma Rousseff', a página descreve o evento como público e apartidário. Além de expor as pautas do movimento, os organizadores declaram na página ser contra o "comunismo" e "a favor da liberdade".
A organização do movimento deste domingo cobra, além do impeachment de Dilma, punição para casos de corrupção, pede o fim do "aparelhamento do Estado por parte de partidos políticos", bem como a investigação sobre o Foro de São Paulo.
Apesar da página do segundo protesto contar com 600 confirmações de presença, a expectativa da organização é que o evento reúna, pelo menos, o mesmo número de manifestantes que compareceram ao primeiro. Neste ponto, existe divergência entre a contagem da organização e a realizada pela Polícia Militar. Enquanto a PM informou que estiveram presentes no primeiro evento 2,5 mil pessoas, Alisson Novais, representante do Movimento Brasil Livre na Paraíba e um dos organizadores do protesto, informou que foram cinco mil manifestantes.
"No evento passado a expectativa foi superada. Esperávamos duas mil pessoas e, na realidade, o número chegou perto de cinco mil. Para esse protesto esperamos, no mínimo, manter esse número de cinco mil pessoas", explicou Alisson Novais.
Com relação a mudanças na forma de conduzir o protesto, Alisson destacou que a organização prestou atenção às críticas e promoveu algumas mudanças. "Ouvimos a população e pedimos que ela desse sua opinião do que foi feito certo e o que deu errado. Com as informações, procuramos fazer uma melhora no evento", enfatizou.
Sobre o que eles esperam para o país, caso consigam o que querem, ele foi enfático: "Nós não acreditamos em fórmula mágica, não acreditamos que a simples saída da presidente resolva os problemas do Brasil, mas entendemos que este é um passo importante. Queremos uma nova forma de política, mas a mudança tem que ser no voto", afirmou. Novais disse ainda que o movimento é contra a reforma política proposta pelo Congresso Nacional.
Objetivo é reeditar ato de março
O primeiro protesto deste ano a favor do impeachment de Dilma na Paraíba aconteceu no dia 15 de março, no Busto de Tamandaré. O evento reuniu, segundo estimativa da PM, cerca de 2,5 mil pessoas. A maioria atendeu ao chamado dos organizadores e compareceu usando roupas de cores verde e amarelo. Os manifestantes ficaram concentrados no local por cerca de três horas e depois saíram em caminhada pela Avenida Almirante Tamandaré.
Apesar da organização tratar o movimento como apartidário, políticos que defendem uma postura de oposição ao governo Dilma compareceram ao evento. Entre eles, estavam o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) e os deputados estaduais Camila Toscano (PSDB) e Dinaldo Filho (PSDB). Também compareceu ao evento o ex-senador Cícero Lucena (PSDB). Outro que marcou presença foi o arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto. O religioso disse que estava protestando como cidadão e que não representava a igreja na manifestação.
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