POLÍTICA
Defesa de Fabiano Gomes entra com pedido de prisão domiciliar após ataque ao PB-1
Estado de saúde do radialista teria se agravado após fuga de presidiários.
Publicado em 13/09/2018 às 12:21 | Atualizado em 13/09/2018 às 17:25
A defesa do radialista Fabiano Gomes entrou com pedido de prisão domiciliar no Tribunal de Justiça da Paraíba para que ele responda em liberdade. Segundo advogado de defesa, Gustavo Botto, o quadro de saúde do radialista, que tem diabetes e depressão, acabou se agravando após 22 dias de reclusão e piorou ainda mais após o ataque à Penitenciária de Segurança Máxima PB-1, que resultou na fuga em massa de quase 100 detentos. As explicações foram prestadas pela defesa durante coletiva nesta quinta-feira (13), na sede da Associação Paraibana de Imprensa (API).
O advogado Gustavo Botto disse que aguarda um parecer do Ministério Público sobre o pedido, mas que está confiante já que as provas encartadas no pedido de prisão domiciliar comprovam o agravamento do estado de saúde do comunicador.
Além do pedido de prisão domiciliar, há também um pedido de internação tramitando na Vara de Execuções da Capital, já que Fabiano Gomes chegou a ser atendido pelo menos cinco vezes pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a penitenciária não oferece condições para tratá-lo. Além deles, a defesa do comunicador também tem dois pedidos de habeas corpus, um no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e outro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Quadro de saúde
Segundo a defesa, Fabiano Gomes está preso em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), medida cedida pelo diretor da unidade para assegurar segurança do radialista dentro da prisão. O regime é de isolamento, sem contato com outros presos e com banho de sol limitado a poucas horas do dia. Esta rotina prisional teria agravado o quadro de saúde do comunicador.
Um dos problemas de saúde diz respeito à diabetes, que estaria sendo difícil de ser controlada na penitenciária. Devido à clausura, apareceram ferimentos nos pés do radialista que, segundo o advogado, se não tratados, podem causar a amputação dos membros.
Outro ponto apontado para defesa foi o estado psicológico em que ficou Fabiano Gomes após a fuga em massa no presídio PB-1. Apesar de estar em local afastado de onde ocorreram as explosões e a área em que muitos presos fugiram, Fabiano ouviu o barulho teria fica em choque. Além disso, o advogado disse que a suspensão das visitas de familiares pode comprometer ainda mais o psicológico de Fabiano Gomes.
Pedido
A defesa pediu a reversão do regime. No pedido ao desembargador João Benedito, a defesa argumenta que o comunicador não oferece risco para a sociedade e desde o começo mostrou interesse em colaborar com as investigações. Segundo o advogado Gustavo Botto, o descumprimento de medida cautelar não justifica manutenção de Fabiano em presídio. Dois pedidos de Habbeas Corpus ainda tramitam no Superior Tribunal de Justiça.
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