POLÍTICA
Defesa de Ricardo questiona informações do TCE sobre gastos excessivos
Advogados do governador contestam, por meio de um incidente de falsisdade, relatório referente ao ano das eleições de 2014.
Publicado em 07/07/2015 às 16:18
A defesa do governador Ricardo Coutinho protocolou na tarde desta terça-feira (7) no Tribunal Regional Eleitoral um incidente de falsidade, com o objetivo de questionar um relatório que foi encaminhado pelo Tribunal de Contas apontando gastos exorbitantes com servidores no ano das eleições de 2014.
As informações do TCE foram prestadas na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) proposta pela coligação “A Vontade do Povo”, encabeçada pelo PSDB, que pede a cassação do governador Ricardo Coutinho por abuso de poder político, em decorrência da concessão de vantagens pecuniárias aos policiais civis, policiais militares e bombeiros, em pleno ano eleitoral, além de outros benefícios.
O processo já está na fase de alegações finais e o relator, desembargador José Aurélio, havia dado um prazo de dois dias para as partes e o Ministério Público Eleitoral se manifestarem. O prazo começou a correr a partir da publicação do despacho do diário eletrônico do TRE desta terça-feira(7).
Os advogados de Ricardo Coutinho questionaram as informações prestadas pelo Tribunal de Contas. “O número apresentado pelo Tribunal dava conta de um excesso de contratação de servidores efetivos num universo de mais de 50%, quando essa realidade aponta para menos de 1%. Esse dado por si só é capaz de influir negativamente nas conclusões a que o tribunal poderia chegar”, afirma o advogado Fábio Brito.
Já o advogado Harisson Targino, da coligação do senador Cássio Cunha Lima, disse estranhar que só agora a coligação adversária tenha questionado o relatório do TCE, quando as informações estavam no TRE desde o dia 2 de junho. “O Tribunal de Contas remeteu esses dados desde o dia 2 de junho e só agora, coincidentemente, quando é aberto o prazo para alegações finais se vem reclamar dessas informações”.
Segundo Harisson, cabe ao próprio Tribunal de Contas esclarecer os fatos. “Se os dados estão errados cabe ao tribunal de contas se pronunciar”. Para ele, o que existe é um temor do governador Ricardo Coutinho de ter o seu mandato cassado. “O que me parece claro é que o governador tem tido muito medo de ver julgados os graves fatos cometidos na sua campanha”, afirmou.
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