POLÍTICA
Demóstenes pede desculpas
Na tribuna do Senado Demóstenes se disse inocente e vítima de uma campanha difamatória conduzida pela mídia e Polícia Federal.
Publicado em 03/07/2012 às 6:00
Depois de manter-se em silêncio por mais de um mês sobre as denúncias que o ligam ao empresário Carlos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) subiu, ontem, à tribuna do Senado para fazer um novo discurso em que se diz inocente. Demóstenes pediu desculpas aos colegas senadores, disse que é vítima de uma campanha "difamatória" conduzida pela mídia e Polícia Federal e afirmou estar incomodado com o "isolamento" imposto pelos parlamentares.
Ao falar para um plenário vazio, o ex-líder do DEM informou que vai discursar diariamente, até a próxima quarta-feira, quando o pedido de sua cassação deve ser votado no plenário. Antes, o parecer de Costa passa pela análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), amanhã.
"Virei a tribuna todos os dias para provar minha inocência nas acusações que me foram feitas. O farei com o plenário repleto ou vazio. Não concederei apartes [permitir que outros senadores falem] para poder apresentar minha versão. A versão dos demais já foi apresentada."
O senador disse que vive há 135 dias um "calvário sem trégua" por ter sido julgado e condenado mesmo sabendo ser "íntegro".
"A tática dos detratores é implodir probidade de décadas de trabalho, esforço e dedicação. Destruição tijolo a tijolo, em pílulas, para terem assuntos que aniquilem minha imagem."
Demóstenes se desculpou com os 44 senadores que discursaram em seu apoio no dia 6 de março, quando falou pela primeira vez da tribuna da Casa sobre as denúncias. "Quem está aqui hoje é o mesmo homem daquele dia: envergonhado, abatido, cansado, esgotado. É de peito aberto que volto aqui pedindo perdão pelos erros."
Depois, estendeu o pedido de desculpas aos demais parlamentares. Pediu para ser julgado pelos colegas não pelo "achincalhe" público, mas pelas acusações.
"O motivo a campanha difamatória pode ter provocado os silêncios das vozes de apoio", asseverou Demóstenes Torres.
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