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POLÍTICA

Deputado Luiz Couto denuncia plano para matá-lo

Parlamentar disse que criminosos de Alagoas receberiam R$ 500 mil pelo seu assassinato.

Publicado em 01/10/2013 às 8:35

O deputado Luiz Couto (PT) revelou nessa segunda-feira (30), da tribuna da Câmara Federal, que teve que suspender todos os compromissos marcados para esse final de semana, depois de ser informado que o serviço de inteligência da Secretaria da Segurança e da Defesa Social da Paraíba detectou que dois pistoleiros alagoanos estariam em João Pessoa para executar dois militantes que combatem o crime organizado: ele e a advogada Valdênia Paulino, ouvidora de Polícia do Estado.

Couto disse que ficou surpreso quando desceu no aeroporto Castro Pinto, sexta-feira (27), e encontrou uma escolta de policiais militares, além dos agentes federais que já fazem a sua segurança, e que nesse momento foi notificado pela Superintendência Regional da Polícia Federal para suspender todas as atividades públicas previstas para o final de semana porque, segundo o delegado responsável, "havia uma majoração do risco à integridade física deste parlamentar".

Luiz Couto informou que os criminosos seriam contratados por R$ 500 mil e a transação desses valores teriam sido articuladas pelo ex-policial militar Luiz Quintino de Almeida Neto, expulso da PM paraibana em consequência das inúmeras denúncias feitas pela ouvidora Valdênia e por ele. "Quintino foi preso durante a operação Squadre", lembrou.

O parlamentar afirmou ter recebido denúncia de que parte do dinheiro - $R 300 mil - teria sido transportado numa viatura da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) conduzida por Dinamérico Cardim, agente penitenciário que supostamente fez o carregamento do dinheiro numa caminhonete do Grupo Penitenciário de Operações Especiais da Paraíba (Gpoe), pertencente à Seap.

Couto ressaltou que, de acordo com a mesma denúncia, Dinamérico Cardim possui em sua guarda um Fuzil IBEL, calibre 762, customizado, com luneta de longo alcance, tripé metálico e munição calibre 762. Acrescentou que o Gpoe é subordinado diretamente à pessoa do secretário da pasta, Walber Virgolino da Silva Ferreira, e que só ele poderia determinar a saída e o deslocamento deste grupo.

Luiz Couto relatou, ainda, que tomou conhecimento de que no dia 13 de setembro último, durante o lançamento da revista jurídica, ocorrido na casa de recepções Requinte, em João Pessoa, Walber Virgulino detratou o secretário de Segurança Pública, Cláudio Lima, afirmando que o mesmo estava com o povo de direitos humanos, que ele era um covarde junto do deputado Luiz Couto, sargento Pereira e da ouvidora de Polícia Civil.

"Outra denúncia que recebi é que o secretário Virgulino teria visitado a primeira Superintendência de Polícia Civil da Paraíba e prometido soltar o sargento Arnóbio, que responde a processos por envolvimento com grupos de extermínio na Paraíba". "Isto seria possível, conforme Virgulino, assim que ele assumisse o posto de secretário de Segurança Pública", completou.

Ao término do pronunciamento, Luiz Couto solicitou ao governador Ricardo Coutinho e ao superintendente da Polícia Federal da Paraíba que investiguem as denúncias e que apurem todos os fatos na forma lei.

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Jornal da Paraíba

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