Deputados de oposição cobram o retorno das sessões presenciais na Assembleia da PB

Um grupo composto de dez deputados estaduais iniciou uma 'campanha' pelo retorno das sessões ordinárias de forma presencial na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). Todos eles são da bancada de oposição ao governador João Azevêdo (Cidadania), liderada pelo deputado Cabo Gilberto (PSL), e tomaram a decisão de cobrar o presidente da Casa, Adriano Galdino (PSB), após uma reunião nesta quinta-feira (7).

Cabo Gilberto tem constantemente se queixado do andamento dos trabalhos nas sessões remotas da ALPB, que passaram a ser adotadas pelo Legislativo estadual desde 18 de março, início da pandemia, como medida de evitar contaminação de parlamentares e servidores pela Covid-19, inclusive sem atividades presenciais administrativas desde novembro.

O líder da oposição disse que é preciso voltar às sessões presenciais, ainda que em um sistema híbrido. "Defendemos como já vem ocorrendo em outros estados de forma mista. Quem for do grupo de risco vota de casa. Os demais na ALPB, é importante para a democracia", pontuou.

A deputada Camila Toscano (PSDB) disse que as aulas remotas são prejudiciais ao andamento dos trabalhos, sobretudo da oposição. "Que seja aberto o plenário para que a gente possa ter um debate mais aprofundado", afirmou, lembrando que muitos dos deputados já tiveram Covid-19. "Participamos do processo eleitoral e foi uma exposição muito grande. Não faz sentido continuarmos funcionando desta forma", afirmou.

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Além do Cabo Gilberto, encabeçam a campanha pelo volta das atividades presenciais os deputados da bancada do PSDB, Camila Toscano, Tovar Correia Lima e João Henrique, além de Anderson Monteiro (PSC), Bosco Carneiro (Cidadania), Drª Paula (PP), Galego de Souza (PP), Moacir Rodrigues (PSL) e Wallber Virgolino (Patriota).

O presidente Adriano Galdino (PSB) disse que vai encaminhar a solicitação da oposição para o departamento médico e seguir o parecer que este setor indicar. "De antemão, na minha visão de presidente, eu vejo que é mais seguro esperar as vacinas, assim poderemos voltar com as sessões presenciais. Temos funcionários que moram longe precisam pegar ônibus e o risco de contágio é maior. Temos que ter um olhar humano para tomar uma decisão que atenda aos deputados e também ao item segurança", ponderou.