Deputados discutem na AL por causa do orçamento do Estado

Phelipe Caldas

Os deputados estaduais paraibanos bateram boca na tarde desta quarta-feira (19) por causa do orçamento apresentado pelo Governo do Estado para o ano de 2009 e que segundo os prazos definidos deverá ser aprovado até o dia 20 de dezembro. Enquanto que parlamentares de oposição faziam duras críticas ao governador Cássio Cunha Lima, os de situação tentavam fazer sua defesa.

O primeiro a falar foi o deputado estadual Carlos Batinga (PSB). Segundo ele, o Governo do Estado dá mostras de que está “jogando a toalha”, porque retirou do orçamento de 2009 a construção do tão falado Centro de Convenções de João Pessoa e de uma série de investimentos para hospitais paraibanos.

Ele lembrou que a construção do Centro de Convenções foi uma promessa do governador ainda em sua primeira campanha e que nos últimos cinco anos foi incluído no orçamento, mas que mesmo assim não saiu do papel.

Batinga reclamou ainda do esforço da bancada de situação na Assembléia e do governador Cássio Cunha Lima em aprovar o orçamento até o dia 20 de dezembro, e disse que eles queriam “empurrar” o orçamento do jeito que lhes eram convenientes.

Por este motivo, o parlamentar disse que vai entrar com um pedido formal na Casa para adiar este prazo limite, dizendo que não vê problema no fato do orçamento ser aprovado apenas no início de 2009. “Assim teremos tempo para discutir melhor e ajustar os erros constantes no orçamento”, defendeu.

As declarações de Carlos Batinga foram acompanhadas por sua colega de oposição, deputada estadual Olenka Maranhão (PMDB), que também criticou a falta de previsão orçamentária para o Centro de Convenções.

“Isto mostra que a palavra do governador Cássio Cunha Lima não vale nada, porque ele sempre prometeu que o Centro de Convenção seria uma de suas prioridades”, destacou.

Quem entrou em defesa do governador foi o deputado Biu Fernandes (DEM), que classificou as críticas da oposição de infundadas e de politiqueiras. De acordo com o parlamentar, ele nunca viu um orçamento tão lúcido e organizado, com destinação de verba para a saúde cinco vezes maior do que o limite determinado por lei e por um valor igualmente elevado para o Fundeb.