icon search
icon search
home icon Home > política
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

POLÍTICA

Deputados divergem sobre multa para quem não usar máscaras na PB

Proposta inicial previa multa para empresas e pessoas físicas que transitarem sem equipamento.

Publicado em 29/04/2020 às 13:20 | Atualizado em 29/04/2020 às 16:48


                                        
                                            Deputados divergem sobre multa para quem não usar máscaras na PB
Os trabalhadores produzem máscaras faciais à medida que a demanda por sua produção aumenta rapidamente e se esforça para atender aos pedidos, nas instalações de um fabricante turco em Istambul, Turquia, em 30 de janeiro de 2020.. REUTERS/Umit Bektas

A votação do projeto de lei que estabelece o uso de máscaras respiratórias em todo o estado durante o período de pandemia do novo coronavírus (Covid-19) foi alvo de intensos debates durante uma sessão remota da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizada nesta quarta-feira (29). Parte dos parlamentares divergiram sobre a aplicação de multas a empresas e ate pessoas físicas que transitarem em áreas públicas sem o equipamento. O projeto acabou não sendo votado.

A proposta, de autoria do deputado Chió (PSC), exige a utilização de máscaras em ruas, praças, parques, praias, meios de transporte coletivo e individual de passageiros, repartições públicas, hospitais, supermercados, farmácias, padarias, agências bancárias, além de outros estabelecimentos comerciais. Uma emenda do deputado Wilson Filho (PTB) incluiu a obrigatoriedade também para moradores de condomínios vertical e horizontal.

De acordo com o texto, o uso obrigatório do equipamento, seja ele descartável ou reutilizável, deverá vigorar com base no decreto de estado de calamidade pública resultante da pandemia. A iniciativa segue a orientação dada pela Organização Mundial de Saúde, assim como, do Ministério da Saúde, com base em estudos que apontam a máscara respiratória como eficaz no enfrentamento à contaminação.

Para o autor da proposta, deputado Chió, o uso de máscaras em vias públicas, em estabelecimentos comerciais e repartições públicas deverá contribuir com a redução da propagação do novo coronavírus, possibilitando o retorno do convívio social, a redução do distanciamento e, por conseqüência, a retomada da economia.

Polêmica das multas

A aplicação da multa, no entanto, foi alvo de intensos debates. Boa parte dos parlamentares questionaram a aplicação de multa para as pessoas, sobretudo aquelas que não teriam condições financeiras para comprar o equipamento de proteção. Outro foram mais além e criticaram possíveis prejuízos aos empresários com a obrigação.

A proposta inicial estabelecia, em caso de descumprimento, multa de 100 UFR (R$ 5.178, tomando com referência o mês de abril) para pessoas jurídicas, por funcionário, e de 200 UFR (R$ 10.356), em caso de reincidência, além da suspensão da inscrição estadual. Para pessoas físicas, a multa seria de 50 UFR (R$ 2.589) e de 100 UFR (R$ 5.178) em casos de reincidência, podendo ser multiplicada até cinco vezes em caso de descumprimento reiterado.

O deputado Anísio Maia (PT) apresentou uma emenda para retirar a multa para pessoas físicas. O petista também sugeriu que a multa fosse proporcional ao tamanho da empresa, medido pela quantidade de profissionais contratados, mas não apresentou emenda sobre isso.

Ao presidente da ALPB, deputado Adriano Galdino (PSB), colocar a emenda de Anísio em votação, o deputado Chió acabou optando por retirar a matéria de pauta para reanálise das propostas dos colegas de parlamento.

Outros questionamentos

O deputado Jutay Menezes (PRB) chegou a questionar a aplicação da lei para o caso das pessoas civis. A alegação dele é de que a proposta poderia gerar uma nova letra morta, assim como outras leis vigentes que não conseguem cumprir a fiscalização para exigir do cidadão ao seu cumprimento.

Parlamentares de bancadas opostas, como Wallber Virgolino (Patriotas) e Pollyana Dutra (PSB), tiveram o mesmo entendimento de que a medida causaria mais um ônus aos empresários. "Esse projeto deveria pedagógico e não punitivo", ponderou a socialista.

Uma emenda do deputado Adriano Galdino retirou a suspensão da inscrição estadual devido ao risco de comprometer o recolhimento do ICMS no estado, mas nem chegou a ser votada.

Imagem

Angélica Nunes

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp