POLÍTICA
Deputados governistas protestam contra veto de Maranhão
Jeová Campos classificou veto a projeto de cunho ambiental como arbitrário e disse que faltava diálogo do Governo com sua bancada. Deputados mostram insatisfação com veto.
Publicado em 10/12/2009 às 18:01
Phelipe Caldas
O deputado estadual Jeová Campos, líder do PT na AL, se rebelou nesta quinta-feira (10) contra o setor do Governo da Paraíba que analisa os projetos aprovados pela Assembleia Legislativa da Paraíba e decide se eles devem ou não ser vetados pelo governador José Maranhão (PMDB). O petista é da bancada de situação do governador, mas se disse revoltado com a decisão deste em vetar um projeto de lei de autoria do deputado Ranieri Paulino (líder do PMDB e também de situação), que pretendia implantar a disciplina de Educação Ambiental nas escolas públicas estaduais.
Para Jeová, falta diálogo do Governo com a sua bancada. "Eles não podem votar um texto sem antes dialogar conosco. Tem que haver debate e discussão entre os poderes para se chegar a um consenso. Sou fiel a este Governo, mas perdi a paciência com a sua assessoria jurídica, que vem vetando projetos de forma indiscriminada", disparou.
Ele classificou o projeto como sendo "digno e lúcido" e disse que não via motivos para que o projeto fosse vetado. "Parabenizo Ranieri pelo projeto e lamento que o veto tenha sido de forma arbitrária", prosseguiu.
O veto do governador provocou também o fogo amigo do deputado-autor do projeto, Ranieri Paulino, que é do mesmo partido de Maranhão. Ele, no entanto, foi mais contido e disse que iria se abster da discussão. "Sou o autor do projeto e todos sabem que sou a favor dele. Mas para não constranger meus colegas de partido e de bancada eu não vou entrar no mérito da questão", disse em tom fechado.
Até a deputada estadual Nadja Palitot (PSL), que é suplente e só está no cargo por interferência de Maranhão (que chamou o socialista Leonardo Gadelha para ocupar cargo de secretário), se posicionou publicamente contra o veto. Ela frisou que enquanto o mundo todo discuto a questão ambiental, a Paraíba não poderia jamais se omitir.
Apesar de toda a grita da própria situação, o veto acabou sendo mantido. A eleição terminou 18 a 9 em favor da derrubada do veto, mas o regimento da Casa exige 19 votos para que este seja derrubado.
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