POLÍTICA
Desembargador paraibano é alvo de operação da PF no Rio de Janeiro
Siro Darlan é natural de Cajazeiras e atua no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Publicado em 24/09/2019 às 9:13 | Atualizado em 24/09/2019 às 17:55
O desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (24). Darlan é natural de Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, mas vive no Rio de Janeiro desde criança.
Segundo informações do portal G1, o magistrado já vinha sendo investigado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que apura a venda de sentenças no Fórum da capital.
A Operação Plantão cumpre 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro Luis Felipe Salomão, do STJ. Entre os locais que estão sendo cumprido mandados estão a casa de Darlan e o gabinete do desembargador no TJRJ
Além dos inquéritos no STJ, Darlan também é alvo de uma representação na Presidência do Tribunal de Justiça e de uma investigação no CNJ para apurar faltas disciplinares.
Suspeita de venda de sentenças
De acordo com o inquérito no STJ, o desembargador usava os plantões judiciários para vender habeas corpus e, assim, liberar os presos.
Um dos casos foi revelado em outubro do ano passado. Marco Antonio Figueiredo Martins, o Marquinho Catiri, suspeito de chefiar uma milícia em Del Castilho, na Zona Norte do Rio, foi libertado por um habeas corpus de Siro Darlan.
O desembargador, na ocasião, afirmou que o sigilo bancário está aberto e não tem nada a temer em relação ao patrimônio.
"Meu compromisso é com a lei. Não tenho interesse, vivo na mesma casa há muitos anos. O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) pode dizer se recebi algumas coisas. Meu sigilo bancário está aberto. Não tem nada a temer em relação ao patrimônio. As minhas decisões, a mim pertence. Sugerir que as decisões de qualquer magistrado, em razão de propina, é um ato de irresponsabilidade", explicou Darlan.
Siro Darlan explicou que se voluntariava aos plantões. Até 2017, cada noite trabalhada correspondia a dois dias de férias.
Mas o Conselho Nacional de Justiça obrigou o TJ a acabar com o plantão voluntário e estabelecer uma escala anual com os 180 desembargadores.
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