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POLÍTICA

Desumanidade: Empresário revela em áudio esquema de propina em Patos

Hugo Motta é citado na gravação, que é parte de um processo que corre em segredo de justiça. Ele nega. 

Publicado em 14/07/2016 às 11:55

Em um áudio que circula na internet, o empresário José Aloysio da Costa Machado Neto, preso por agentes da Polícia Federal na última terça-feira (12), como parte da Operação Desumanidade, revela como funcionava o modus operandi para obter desvios de dinheiro público na Prefeitura de Patos e região. Na conversa telefônica, o nome do deputado federal Hugo Mota (PMDB) é envolvido como parte do esquema fraudulento, que contaria com recursos de emendas parlamentares aprovadas para obras na área da educação e saúde em municípios da Paraíba.

O áudio foi incluído como prova na primeira fase das investigações, dos quais os advogados tiveram acesso em 04 de dezembro. O processo, entretanto, corre em segredo de justiça.

Na conversa, que conta na denúncia feita pelo Ministério Público Federal a respeito de desvios na construção de uma quadra de esportes em Patos, um homem identificado apenas por Cláudio fala que o acertou com uma pessoa chamada Dineudes uma propina foi de 15%. Aloysio argumenta que deu 1,5% a Madson e que o valor que sacou foi de R$ 21.700,00, mas que cobra em cima de R$ 22.000.00.
Na mesma ligação Aloysio e Claudio fazem as contas definindo a parte deles. Eles chegam a conclusão de que os 15% dos R$ 22.400,00 (total fechado por Aloysio) é R$ 3.340,00, mas subtraem esse valor da quantia sacada que foi de R$ 21.700,00, restando assim R$ 18.340,00 que deve ser pago a Dineudes.
O suposto esquema envolve obras com emendas do deputado Hugo Motta e também intervenções realizadas em Patos na gestão do deputado Nabor Wanderley (PMDB), pré-candidato a prefeito, e da atual prefeita Chica Motta (PMDB). A mãe de Hugo, Ilana Motta, também estaria envolvida no esquema, inclusive tento sido levada para prestar depoimento na primeira fase da Operação Desumanidade. Ela foi secretária de saúde da cidade e exerceu o cargo de chefe de gabinete da prefeitura.
Em nota, o deputado Hugo Motta classificou os áudios como uma campanha difamatória contra a sua pessoa e que é prerrogativa parlamentar a destinação de emendas para obras nos mais diversos municípios, e que continuará a realizar este trabalho. Sobre a citação de seu nome por terceiros, em diálogos dos quais não participa, o parlamentar afirma que não autorizou e não autoriza quem quer que seja a citá-lo.
Hugo Motta disse que vai solicitar ao Procurador Geral da República de Patos, João Raphael, que instaure com a maior brevidade possível, inquérito para averiguar o vazamento de dados e documentos da investigação, já que segue em segredo de justiça e sua publicidade é crime.
Operação Desumanidade A primeira fase da Operação Desumanidade foi realizada no inicio de dezembro do ano passado com o objetivo de apurar irregularidades na contratação de empresas de construção que atuavam em prefeituras do sertão paraibano. A investigação envolve a participação em organização criminosa, fraude à licitação, desvio de recursos federais e lavagem de dinheiro. A prisão foi fruto de ação conjunta articulada entre o Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), o Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB) e a Polícia Federal (PF).
As investigações constataram que licitações de saúde e educação eram direcionadas a determinada empresa que funcionava como fachada para encobrir ilegalidades na execução das obras. O esquema ocorreu em, ao menos, 13 obras de engenharia no município de Patos, sendo 11 unidades básicas de saúde, uma academia de saúde e uma quadra poliesportiva coberta, em três contratos firmados nos anos de 2014 e 2015.
A Controladoria apurou que, de cerca de R$ 3 milhões de recursos federais fiscalizados, foi identificado prejuízo de mais de R$ 800 mil. Houve irregularidades, como: indícios de não recolhimento dos encargos sociais, superfaturamento, pagamento por material não adquirido e por serviços não executados, além de direcionamento de processos licitatórios.
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Jornal da Paraíba

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