POLÍTICA
Dilma chega à Paraíba com a missão de dar respostas à crise
Presidente desembarca no Estado em meio à crise política e com os aliados ávidos por ajuda para tocar obras. Ela cumpre agenda em Campina e na capital.
Publicado em 04/09/2015 às 7:28
A presidente Dilma Rous- seff (PT) desembarca na Paraíba, hoje, com o objetivo de construir uma agenda positiva e, com isso, tentar aplacar os erros na condução política e econômica do governo, que jogaram por terra a aprovação do seu governo. Serão dois compromissos no Estado. O primeiro pela manhã, em Campina Grande, onde ela participa da entrega de quase duas mil casas do programa 'Minha Casa, Minha Vida'. À tarde, participa, em João Pessoa, do lançamento do programa Dialoga Brasil, além de se reunir com empresários.
A Paraíba é o quinto estado do Nordeste visitado pela presidente desde o mês passado. Ela já foi ao Maranhão, Bahia, Pernambuco e Ceará. Veio da região a maior parte dos votos que ajudaram a presidente a se reeleger, no ano passado. E é justamente na região que a gestora vem tendo redução mais acentuada na sua popularidade. Segundo o Instituto Datafolha, a aprovação do governo de Dilma supera em pouco a casa dos 7%.
Na Paraíba, a agenda tem início às 11h45, no bairro Três Irmãs, em Campina Grande, onde a presidente entrega 1.948 moradias nos residenciais Acácio Figueiredo e Raimundo Suassuna. Cerca de oito mil pessoas serão beneficiadas com a obra, que recebeu investimentos na ordem de R$ 94,6 milhões. As habitações foram construídas pela Companhia Estadual de Habitação Popular (Cehap).
A agenda positiva que a presidente tenta emplacar no Estado pode, no entanto, se chocar com uma realidade menos festiva. Em Campina, o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) não vai perder a oportunidade de cobrar o repasse dos servidores do Programa Saúde da Família (PSF), que está atrasado desde maio. Em João Pessoa, o prefeito Luciano Cartaxo (PT) espera sensibilizar a presidente para que os recursos contingenciados pelo governo federal sejam liberados. O petista já disse que não espera “dinheiro novo”, mas quer a garantia dos recursos de obras já contratadas.
Já o governador Ricardo Coutinho (PSB) quer que a gestora libere os empréstimos junto aos bancos internacionais, que já foram apresentados pela Assembleia Legislativa. São cerca de R$ 1,7 bilhão pretendidos pelo Estado, mas que foram barrados pela equipe econômica do Planalto. Ele também cobra a liberação de recursos para obras importantes como a adutora Acauã-Araçagi.
Uma reunião com empresários paraibanos marca o início da agenda da presidente na capital. O encontro vai acontecer no Centro de Convenções, antes do lançamento do programa Dialoga Brasil, que está previsto para começar às 15h. O setor é um dos mais críticos à presidente, por causa das dificuldades criadas pela economia.
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