POLÍTICA
Dilma chora ao instalar Comissão da Verdade
Comissão Nacional da Verdade irá se dedicar à investigação de violações de direitos humanos cometidas nos anos do regime militar.
Publicado em 17/05/2012 às 6:30
A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que a Comissão da Verdade não será movida pelo ódio ou pelo revanchismo. "Ao instalar a Comissão da Verdade, não nos move o revanchismo, o ódio, ou o desejo de reescrever a história de uma forma diferente do que aconteceu. Mas nos move a necessidade imperiosa de conhecê-la em sua plenitude, sem ocultamento, sem camuflagem, vetos, sem proibições", disse a presidente.
A Comissão Nacional da Verdade irá se dedicar à investigação de violações de direitos humanos cometidas por agentes do Estado nos anos do regime militar.
Durante a cerimônia de instalação da comissão, no Palácio do Planalto, Dilma também chorou ao falar sobre o sentimento dos familiares de mortos e desaparecidos durante o regime militar.
"Sobretudo merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes, e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia", afirmou a presidente, muito emocionada.
Em seguida, Dilma completou a frase, referindo-se aos mortos e desaparecidos durante o regime militar. "É como se disséssemos que se existem filhos sem pai, se existem pais sem túmulo, se existem túmulos sem corpos. Nunca, nunca mesmo pode existir uma história sem voz. E quem dá voz a história são homens e mulheres livres que não têm medo de escrevê-la."
Durante o discurso, a presidente Dilma saudou a presença dos quatro ex-presidentes: José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Ela afirmou que cada governo contribuiu para o avanço da democracia.
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