POLÍTICA
Dilma divulga reforma com redução de 39 para 31 ministérios
Redução foi menor do que a prevista. Presidente aumentou o poder do PMDB e também reduziu 3 mil cargos comissionados.
Publicado em 02/10/2015 às 12:03
Antônio Cruz/Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff anunciou no final da manhã desta sexta-feira (2) a esperada reforma ministerial, reduzindo de 39 para 31 o número de ministérios. A nova configuração ministerial, finalizada na quinta-feira (1º), inclui a extinção e fusão de pastas e a realocação de titulares. O corte acabou sendo menor do que inicialmente previsto, que era de 10 ministérios.
No novo desenho da equipe, o PMDB teve ampliado de seis para sete o número de pastas. Entre os ministérios que o partido passa a comandar estão o da Saúde, com o deputado Marcelo Castro (PI), e o da Ciência e Tecnologia, com Celso Pansera (RJ). A Secretaria da Pesca foi para Agricultura.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) perdeu o status de ministério. A Secretaria de Assuntos Estratégicos será extinta. A Secretaria-Geral se uniu à de Relações Institucionais e à de Micro e Pequena Empresa e passa a ser chamada Secretaria de Governo.
A presidenta anunciou também a criação do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, com a fusão das secretarias de Direitos Humanos; de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e de Políticas para Mulheres.
“Queria dizer aos senhores que todos os países, todas as nações que atingiram desenvolvimento construíram estados modernos. Esses estados modernos eram ágeis, eficientes, baseados no profissionalismo, na meritocracia e adequados ao processo de desenvolvimento que cada país estava criando. Nós também temos que ter esse objetivo”, disse Dilma durante o anúncio.
Além do corte de ministério Dilma também anunciou outras medidas para enxugar a máquina administrativa. Entre elas está a extinção de 3 mil cargos comissionados, redução de 10% no próprio salário, no do vice e nos dos ministros, corte de 30% nos gastos de custeio, imposição de limite de gastos com telefone, passagens e diários em ministérios e a criação da comissão permanente da Reforma do Estado
A presidente disse que essas medidas de redução de gastos são “temporárias”, em função da crise econômica.“Nós estamos num momento de transição de um ciclo para um outro ciclo, de expansão, que vai ser profundo, sólido e durador. Quero dizer que, apesar de termos feito profundos cortes no Orçamento, fizemos cortes significativos nas despesas”, disse.
Confira os nomes dos ministros anunciados por Dilma
- Casa Civil: Jaques Wagner
- Ciência e Tecnologia: Celso Pansera
- Comunicações: André Figueiredo
- Defesa: Aldo Rebelo
- Educação: Aloizio Mercadante
- Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos: Nilma Lino Gomes
- Portos: Helder Barbalho
- Saúde: Marcelo Castro
- Secretaria de Governo: Ricardo Berzoini
- Trabalho e Previdência: Miguel Rossetto
Comentários