POLÍTICA
'Dilma é uma presidente acima da inflação', ironiza Pedro Simon
Ex-parlamentar comparou os constantes aumentos de preços no país às últimas pesquisas de opinião popular, que mostram o baixo índice de aprovação da presidente.
Publicado em 26/03/2015 às 15:50
A corrupção na política e a inabilidade da presidente Dilma Rousseff (PT) no trato com o Congresso Nacional foram os temas mais abordados pelo ex-senador Pedro Simon (PMDB-RS) durante palestra sobre ética na política, realizada na manhã desta quinta-feira (26), na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba. Simon foi a estrela do evento e não poupou críticas aos partidos e aos políticos brasileiros.
Munido de muito bom humor, o ex-senador disse que Dilma Rosseff “é uma presidente acima da inflação”. “O índice inflacionário do país está na casa dos 7%, enquanto a credibilidade da presidente Dilma fica aí na casa dos 8%. Então, ela está, sim, acima da inflação”, ironizou o ex-parlamentar, comparando o aumento dos preços no país às últimas pesquisas de opinião pública, que mostram o baixo índice de aprovação da presidente.
Sobre a presidente, o peemedebista foi além. Se referindo o tempo inteiro ao PMDB como MDB, o nome da sigla quando fazia oposição aos militares, Pedro Simon desafiou a presidente a reduzir os ministérios. “Ora, vivem dizendo que o meu MDB vive brigando por cargos. Então, a presidente podia pegar na palavra essa proposta do partido e reduzir os ministérios para 20”, disse o ex-senador, considerado um dos legítimos do PMDB.
Em relação à reforma política, Simon sustentou a tese de que nada de significativo vai sair do papel, caso as pessoas não saiam às ruas para cobrar, mesmo que haja mudanças em algumas das propostas. Ele lembra que a lei da Ficha Limpa passou no Congresso Nacional e foi aprovada porque era referendada pelas ruas.
Durante sua palestra, o peemedebista se colocou como testemunha ocular de grandes transformações ocorridas na política nacional, desde o golpe contra a democracia, durante o regime militar, até a consolidação da redemocratização. Ele disse, com muito bom humor, que o mineiro Tancredo Neves foi eleito pelo colégio eleitoral falando que mudaria o Brasil, mas não falava a verdade. “Ele não pois em prática (o que prometeu) porque morreu e não levou o (ex-presidente José) Sarney junto”.
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