POLÍTICA
Dilma propõe a governadores pacto para reduzir homicídios
Presidente conclamou governadores, reunidos em Brasília, a unirem forças contra a crise no país. Ricardo cobrou agilidade na repartição de recursos para Estados.
Publicado em 31/07/2015 às 7:25
A presidenta Dilma Rousseff (PT) propôs ontem aos governadores que participaram da reunião no Palácio da Alvorada a celebração de uma “cooperação federativa” na área de segurança para diminuir o número de homicídios no país. Dilma admitiu que o Brasil lidera o ranking em número absoluto de homicídios no mundo e propôs um Pacto Nacional de Homicídios Dolosos. O governador Ricardo Coutinho (PSB), que representou os governadores do Nordeste, pediu agilidade do governo federal também para definir a participação dos estados no superávit primário.
Dilma lembrou que, a cada dez minutos, uma pessoa é assassinada no país e que a proposta de um pacto nacional para a redução de homicídios dolosos seja feita com base em políticas sociais focadas prioritariamente nos territórios vulneráveis nos 27 estados. “A taxa nacional de homicídios é 23,32 homicídios por 100 mil habitantes, quando o número aceitável, segundo padrões internacionais, é até 10 por 100 mil habitantes. Por isso, propomos aqui nossa cooperação federativa, concentrando esforços – União, estados, municípios e integrando o Judiciário – para enfrentarmos o problema”, conclamou.
Dilma disse ainda acreditar que, pela cooperação, é possível interromper o crescimento do número de homicídios e obter uma redução média significativa entre 2015 e 2018.
Para Ricardo Coutinho, que chegou a sugerir a criação de um Ministério da Segurança Pública, durante encontro com a equipe ministerial da presidente Dilma, a decisão de federalizar a política de segurança é fundamental para tentar reduzir os índices da violência no país. “É um passo muito importante a pauta da colaboração federativa, que tratamos primeiramente com os ministros e discutimos a participação do governo federal”, lembrou. Sobre a necessidade de mais recursos, o governador da Paraíba cobrou agilidade.
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