POLÍTICA
Dilma quer sistema de monitoramento no DF
Ministérios terão o prazo de seis meses para apresentar ao governo um sistema de monitoramento de seus programas.
Publicado em 24/01/2012 às 8:00
Os ministérios terão o prazo de seis meses para apresentar ao governo um sistema de monitoramento de seus programas, inclusive de convênios e contratos. A medida foi determinada pela presidente Dilma Rousseff (PT) ontem na primeira reunião ministerial do ano.
A ideia é que os ministros possam disponibilizar informações sobre a execução e o andamento de projetos. Segundo o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, a ferramenta vai permitir o controle em tempo real das ações de cada órgão do governo.
Recentemente, o Planalto passou por desgastes envolvendo denúncias de irregularidades em gastos dos ministérios, sendo que partes das suspeitas de corrupção recaíram principalmente sobre os contratos com organizações não-governamentais.
Também teve que dar explicações a respeito do direcionamento de recursos do governo para redutos políticos de ministros. Em um discurso inicial de 30 minutos, Dilma afirmou que o projeto de transparência é "revolucionário" e promete uma reforma na administração pública.
"É um projeto revolucionário, progressista e indispensável para a verdadeira reforma do Estado, não pela demissão de servidores ou da perda de direitos previdenciários, mas da gestão de um Estado mais profissional e meritocrático".
Na avaliação do porta-voz, isso tem uma relação direta com a ascensão social de brasileiros para a classe média, que tem mais acesso às informações e cobra mais repostas e serviços do governo.
A presidente não fez referência ao corte no Orçamento de 2012. Havia uma expectativa de uma sinalização do tamanho do ajuste.
Mais cedo, Dilma desconversou sobre o tema e afirmou que não tem tratado do contingenciamento. O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) chegou a dizer que não ouviu falar em corte de R$ 70 bilhões.
Além da presidente, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, fez uma análise do cenário econômico internacional e as projeções para o crescimento interno. Para Tombini, o Brasil será um dos poucos países do mundo a crescer mais do que em 2011 e deve alcançar um crescimento médio acima de 4%, o que acontece desde 2007.
Ele ressaltou que é possível identificar a manutenção da confiança da população e dos investidores na economia brasileira. O presidente do Banco Central acredita que os Estados Unidos devem apresentar um crescimento mais alto do que ano passado e que os países na Europa, apesar de apresentarem cenários diferentes, devem registrar uma estabilidade.
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