POLÍTICA
Dobradinhas ignoram fidelidade partidária
Historiador diz que 'vale tudo' na eleição e revela sistema político-partidário caótico.
Publicado em 13/04/2014 às 8:00 | Atualizado em 19/01/2024 às 15:18
Enquanto os pré-candidatos ao governo ainda discutem a formação das chapas majoritárias, com o nome para vice e ao Senado com os respectivos suplentes, os deputados intensificam as dobradinhas 'de olho' na reeleição, independente dos partidos e eventuais coligações. A fim de garantir a reeleição, eles ignoram a fidelidade partidária. Para o historiador e professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Jaldes Menezes, a maioria das dobradinhas não tem afinidade e demonstra que o sistema político-partidário brasileiro está caótico, imperando o 'vale tudo'.
“Ao formar as dobradinhas, eu respeito muito a questão local, a realidade do município e o apoio do prefeito ou liderança local.
Nas grandes cidades, não modifica muito, pois é natural você ter mais de uma dobradinha", explica o deputado Efraim Filho (DEM), que tentará um novo mandato na Câmara Federal.
O partido Democrata ainda não oficializou quem vai apoiar para governador, embora o deputado e presidente estadual da legenda, ex-senador Efraim Morais, defenda uma aliança com o PSB, do governador Ricardo Coutinho. Já a maioria dos deputados estaduais prega uma composição com o PSDB, do senador Cássio Cunha Lima, pré-candidato ao Palácio da Redenção.
Todavia, Efraim Filho celebrou dobradinhas para o pleito deste ano com deputados estaduais em alguns municípios com socialistas, tucanos e postulantes de outros partidos. Entre eles, os deputados estaduais José Aldemir (PEN), João Henrique (DEM), João Gonçalves (PSD), Antônio Mineral (PSDB), Doda de Tião (PTB), Manoel Ludgério (PSD) e Lindolfo Pires (DEM), além dos candidatos Buba Germano (PSB), Aracilba Rocha (PSL), Hervázio Bezerra (PSB), Galego de Sousa (PP) e Ricardo Barbosa (PSB).
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