POLÍTICA
Adjany Simplicio no JPB1: o que é verdade e o que é falso dito pela candidata a governadora da PB
Adjany Simplicio (PSOL) foi entrevistada por Laerte Cerqueira e Larissa Pereira, no JPB1, nas TVs Cabo Branco e Paraíba. Jornal da Paraíba e Bode Fatos checaram as declarações.
Publicado em 18/09/2022 às 7:23 | Atualizado em 23/06/2023 às 12:30
A professora Adjany Simplicio (PSOL), candidata ao governo da Paraíba, foi entrevistada neste sábado (17) no telejornal JPB1, da Rede Paraíba de Comunicação. Durante a entrevista, Adjany citou dados sobre segurança pública, envolvendo questões relativas à violência contra a mulher, e abordou também questões políticas.
As equipes do Jornal da Paraíba e da agência de checagem Bode Fatos apuraram o que é verdade e o que é falso nas informações da entrevistada.
Confira abaixo frases que foram checadas na entrevista de Adjany Simplicio no JPB1:
Não tenho experiência de mandato
Adjany Simplicio, candidata pelo PSOL ao governo da Paraíba
A INFORMAÇÃO É VERDADEIRA
Adjany Simplicio é pedagoga e professora da educação básica na Rede Municipal de João Pessoa desde 2015. Mas nunca ocupou um cargo no executivo, tampouco no legislativo. Em 2018, ela compôs a chapa como candidata a vice, junto com Tárcio Teixeira. Em 2020, ela também concorreu a uma vaga na Câmara de Vereadores de João Pessoa.
A gente tem uma meta a atingir, hoje são 9 mil [o déficit do contingente da PM na Paraíba]
Adjany Simplicio, candidata pelo PSOL ao governo da Paraíba
A INFORMAÇÃO É VERDADEIRA
Segundo o decreto 37.679, de setembro de 2017 (página 1), o efetivo da Polícia Militar na Paraíba deveria ser de 17.935 policiais militares. Considerando que o efetivo atual é 8.951 militares, o déficit, portanto, seria de 8.984, número próximo ao citado pela candidata.
O último dado da CPI do feminicídio [na PB] apresentou que a gente tem, até 2021, mais de 11 mil medidas protetivas deliberadasAdjany Simplicio, candidata pelo PSOL ao governo da Paraíba
TEM UM PORÉM
O relatório final da CPI do Feminicídio traz dois dados relativos a medidas protetivas concedidas. O dado citado pela candidata faz referência ao Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do ano de 2020. Entretanto, os dois estudos citados no relatório trazem divergências nas informações, como sugere o próprio texto da CPI.
Dados do Tribunal de Justiça da Paraíba indicam que, em 2019, houve 7.317 medidas protetivas distribuídas e, em 2020, 6.438.
Outro dado citado pela CPI, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021, indica que o número saiu de 7.317, em 2019, para 11.230, em 2020.
O próprio texto da CPI sugere um melhor levantamento desses dados. "Essas divergências evidenciam a necessidade de uma plataforma unificada de informações, que possa minimizar interpretações incorretas ou contraditórias a respeito dos dados fornecidos".
A reportagem entrou em contato com a assessoria da candidata e aguarda uma resposta sobre o assunto.
E uma Ronda Maria da Penha que atinge 34 municípiosAdjany Simplicio, candidata pelo PSOL ao governo da Paraíba
A INFORMAÇÃO É FALSA
Segundo o relatório da CPI do Feminicídio [página 135], a Ronda Maria da Penha foi criada no município de João Pessoa em 2019. O objetivo do programa é realizar o enfrentamento à violência contra as mulheres, atuando na prevenção de casos de feminicídio em João Pessoa. Os dados levantados pela CPI mostram que só o município de João Pessoa tem esse programa.
No estado, existe a Patrulha Maria da Penha. A sede, em João Pessoa, é uma base de apoio para as 26 cidades da Paraíba atendidas pelo programa, incluindo a região metropolitana da capital.
Em 2021, o serviço foi ampliado para atender mulheres em situação de violência doméstica e familiar em 34 cidades da região de Campina Grande. No total, a Patrulha Maria da Penha atende 60 cidades da Paraíba. Os dados estão disponíveis no relatório da CPI do feminicídio.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da candidata e aguarda uma resposta sobre o assunto.
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