POLÍTICA
Em nova fase, Lava Jato investiga desvio de R$ 40 mi e tem ex-ministro como foco
Propina foi viabilizada por meio de contratos fraudulentos entre a Petrobras e duas empresas fornecedoras de tubos.
Publicado em 24/05/2016 às 15:59
A 30ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira (24) pela Polícia Federal e pela Receita Federal, investiga desvios de mais de R$ 40 milhões em propina por meio de contratos fraudulentos entre a Petrobras e duas empresas fornecedoras de tubos que superam R$ 5 bilhões. Estão sendo cumpridos 28 mandados de busca e apreensão e nove de condução coercitiva no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Os dois mandados de prisão preventiva já foram cumpridos em nome dos empresários Eduardo Aparecido de Meira e Flávio Henrique Macedo, sócios da Credencial Construtora Empreendimentos e Representações Ltda. A empresa figura nas investigações como construtora de fachada para o repasse de propina.
Em entrevista coletiva para detalhar a nova fase da operação, denominada Vício, o procurador da República Roberson Pozzobon, um dos integrantes da força-tarefa da Lava Jato, afirmou que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e seu irmão Luiz Eduardo de Oliveira receberam R$ 1,7 milhão em propina. Além disso, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque foi citado como um dos beneficiários dos desvios em contratos com empresas de tubulações.
Na semana passada, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, condenou o ex-ministro a 23 anos e três meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado. Cabe recurso da condenação.
Já o ex-diretor da Petrobras foi condenado em outras duas ações penais e a totalização das penas soma 50 anos e 11 meses de prisão.
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