POLÍTICA
Empresa diz que pagou R$ 4,5 mi
Procurador-geral de CG anunciou auditoria interna para apurar destino dos recursos adquiridos com venda de prédio público.
Publicado em 30/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 12:26
O sócio-proprietário da Fronteira Engenharia, Gustavo Tibério de Almeida, apresentou ontem cópias dos depósitos bancários, comprovando o pagamento de R$ 4,51 milhões à Prefeitura de Campina Grande pela compra do prédio público do Departamento de Transportes, Oficinas e Garagem (DTOG), localizado às margens do Açude Velho, na gestão passada.
A aquisição ocorreu por meio de leilão público, em 2011. De acordo com a documentação apresentada por Tibério, foram pagas inicialmente duas parcelas de R$ 1 milhão, sendo a primeira no dia 21 de dezembro de 2011 e a segunda em 6 de janeiro de 2012. Posteriormente, foi efetuado o pagamento de oito parcelas mensais de R$ 313.750,00, entre fevereiro e junho de 2012.
Com a apresentação dos comprovantes de pagamentos, o empresário Gustavo Tibério espera que seja encerrada qualquer discussão sobre a aquisição do prédio do DTOG pela Fronteira Engenharia.
A empresa apresentou a documentação, após o procurador-geral do município, José Fernandes Mariz, ter anunciado instauração de uma auditoria especial interna nas contas da prefeitura, a fim de apurar o destino dos recursos adquiridos com a venda do DTOG.
Segundo Mariz, o projeto enviado pelo Poder Executivo, em 2011, à Câmara Municipal de Campina Grande, aprovado pelos vereadores, condicionava a venda do prédio do DTOG à desapropriação (compra) pela prefeitura do prédio do hospital Mater Dei, no São José, onde foi instalado o Hospital da Criança e Adolescente. O valor da desapropriação foi de R$ 3,7 milhões, mas a gestão anterior teria pago R$ 3 milhões, faltando ainda pagar R$ 700 mil.
Conforme o procurador Mariz, os recursos adquiridos com o leilão do prédio do DTOG deveriam ser destinados totalmente para o pagamento da Mater Dei, o que acabou não acontecendo, e isso tem levado a gestão municipal a investigar a razão do repasse do dinheiro não ter sido aplicado.
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